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Agronegócio

Brasil teve queda nas exportações de soja e milho no primeiro trimestre de 2024

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O Brasil enfrentou um cenário de desafios que resultaram em queda nas exportações de soja e milho no primeiro trimestre de 2024. Uma análise detalhada das exportações de soja e milho, dois dos principais produtos da pauta agrícola brasileira, revela mudanças significativas que podem ter implicações a longo prazo tanto para a economia nacional quanto para o mercado global.

De janeiro a março de 2024, o Brasil exportou um total combinado de 29,1 milhões de toneladas de soja e milho, registrando um incremento marginal de 300 mil toneladas em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar desse aumento global, os números ocultam tendências preocupantes que se manifestaram principalmente no mês de março.

Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações de soja em março de 2024 atingiram 13,56 milhões de toneladas, marcando uma redução de 6% em relação aos 14,44 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês do ano anterior. A situação do milho é ainda mais dramática, com uma queda de 65% nas exportações de março de 2024 comparativamente ao mesmo período em 2023.

Especialistas apontam para a colheita ainda em andamento como um dos fatores críticos que influenciam essas oscilações. Há uma ampla especulação em torno do tamanho da safra atual, com estimativas variando significativamente – de 133 a 156 milhões de toneladas para a soja. As exportações de ambos os produtos são projetadas para diminuir nos meses seguintes, refletindo as incertezas em torno da produção e, em particular, as consequências de uma possível quebra de safra.

No primeiro trimestre, contudo, as exportações de soja mostraram uma face mais otimista, saltando de 19,1 milhões de toneladas em 2023 para 22,1 milhões de toneladas em 2024, o que indica um crescimento notável e um sinal de robustez em meio às adversidades. Por outro lado, o milho seguiu uma trajetória oposta, com uma redução de exportações de 9,7 milhões de toneladas em 2023 para apenas 7 milhões de toneladas no mesmo período de 2024.

Diante deste cenário misto, o mercado agrícola brasileiro se encontra em um ponto de inflexão. A necessidade de monitoramento contínuo da evolução da safra se torna ainda mais crítica, uma vez que qualquer variação pode ter um impacto significativo nas exportações futuras. Os produtores nacionais, por sua vez, preparam-se para os desafios que os próximos meses poderão trazer, conscientes de que o dinamismo do mercado agrícola requer tanto resiliência quanto capacidade de adaptação.

A situação atual destaca não apenas a importância estratégica do Brasil no fornecimento global de alimentos mas também os desafios inerentes à dependência de fatores climáticos e mercadológicos. Enquanto o país navega por essas incertezas, o resto do mundo observa atentamente, ciente de que as flutuações no mercado agrícola brasileiro podem reverberar através das cadeias globais de suprimento de alimentos.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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