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Brasil tem dois casos de estupro por minuto, diz Ipea

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País tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano
Wikimedia Commons

País tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano

Um estudo divulgado pelo  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) está semana chama atenção para um problema crítico no Brasil  que afeta principalmente mulheres: o estupro. 

Segundo a pesquisa, o número de vítimas por ano no país é de cerca de 822 mil pessoas, o que é equivalente a dois casos por minuto. O Ipea também calculou a proporção de casos que não são idetificados nem pela polícia, nem pelo sistema de saúde. Deste número total, apenas 8,5% chegam ao conhecimento da polícia e, pelo menos, 4,2% são idetificados no sistema de saúde.

O levantamento aponta a gravidade relacionada ao assunto, já que, além da impunidade, muitas das vítimas estupro ficam desatendidas em termos de saúde, já que, como os autores ressaltam, a violência sexual contra as mulheres frequentemente está associada a depressão, ansiedade, impulsividade, distúrbios alimentares, sexuais e de humor, alteração na qualidade de sono, além de ser um fator de risco para comportamento suicida.

Para realizar a pesquisa, o Ipea se baseou em dados da Pesquisa Nacional da Saúde, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PNS/IBGE), e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, tendo o ano de 2019 como referência.

O Sinan aponta que a maior quantidade de casos de estupro no país ocorre entre jovens, com o pico de idade aos 13 anos. Veja o gráfico abaixo:

Estudo de acordo por idade da vítima (2009 a 2019)
Fonte: Sinan/Dasis/SVS/Ministério da Saúde

Estudo de acordo por idade da vítima (2009 a 2019)

Em relação aos agressores e a relação deles com as vítimas, notam-se uqatro grupos principais: os parceiros e ex-parceiros, os familiares (sem incluir as relações entre parceiros), os amigos/conhecidos e os desconhecidos.

Visualizando este cenário, a estimativa de 822 mil estupros apresentada pela pesquisa é, de acordo com responsáveis, conservadora. Segundo um dos autores do estudo e pesquisador do Ipea, Daniel Cerqueira, faltam estudos especializados sobre violência sexual abrangendo o universo da população brasileira. Por isso, de acordo com ele, as análises se limitam e se fundamentam apenas na base de registros administrativos (Sinan).

“O registro depende, em boa parte dos casos, da decisão da vítima, ou de sua família, por buscar ajuda no Sistema Único de Saúde”, explicou.

Tendo isso em vista, ele aponta que o número total de casos notificados difere substancialmente da prevalência real, já que muitas das vítimas não se apresentam em nenhum órgão público para registrar o crime.

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Fonte: IG Nacional

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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