O Brasil perdeu por 2 x 0 para a favorita Espanha, no futebol feminino, nesta quarta-feira (31), e precisará secar rivais para avançar às quartas de final da Olimpíada de Paris-2024. A partida pode ter marcado a despedida de Marta, que foi expulsa nos acréscimos do primeiro tempo e disputa seus últimos Jogos Olímpicos em Paris-24.
A expulsão de Marta se deu após voadora em Olga Carmona no estádio de Bordeaux. Logo após o lance, ainda no chão, a meia foi aos prantos, percebendo a intensidade do lance, e foi auxiliada por suas companheiras. Para avançar no torneio, precisará “secar” Alemanha, Austrália e Canadá, que jogam ainda nesta quarta.
Pelo terceiro jogo seguido, Arthur Elias, treinador da seleção brasileira, mudou a formação inicial para a partida. Em relação à última partida diante do Japão, a equipe teve sete mudanças no time titular – incluindo o retorno de Tamires. Contra a Espanha, o treinador optou por se reforçar defensivamente e, no primeiro momento, evitar a derrota – que dificultaria a classificação da seleção às quartas. Já classificada, Montse Tomé, treinadora da seleção espanhola, poupou uma série de titulares para o jogo, como Aitana Bonmatí, campeã mundial em 2023.
Nos primeiros minutos, o plano do treinador funcionou. Compacto e com as linhas baixas, a seleção espanhola centralizava as ações ofensivas em jogadas aéreas. Pelo ar, a Espanha chegou a ir às redes com Lucía García, mas a arbitragem marcou impedimento de Patri Guijarro. No ataque pouco antes disso, foi o Brasil quem levou o primeiro perigo, depois de Laia Codina fazer o corte no passe de Ludmila e acertar a trave espanhola.
Mais postada no 5-4-1, a seleção pouco criou ao longo do primeiro tempo, mesmo precisando da vitória ou do empate para avançar sem depender de outros resultados. Ao longo do jogo, no entanto, a seleção espanhola tomou controle da partida. Lorena e Tarciane, em cima da linha, evitaram que o placar fosse aberto; do outro lado, mesmo com Marta como titular e a entrada de Ludmila no ataque, o Brasil não conseguia criar qualquer jogada de efeito, encolhido ao campo de defesa.
A expulsão de Marta, na reta final do primeiro tempo, foi o ponto de virada da partida. Depois de um cruzamento da Espanha na grande área, ela perdeu o tempo da bola e acertou um chute na cabeça de Olga Carmona. Logo após o lance, a camisa 10 começou a chorar em campo, percebendo a intensidade da falta e que seria expulsa da partida. Essa pode ser sua despedida da seleção, caso o Brasil não avance na Olimpíada.
Se com 11 em campo o Brasil se fechava, com a superioridade numérica espanhola Arthur Elias não mudou seu esquema de jogo. Mesmo com a vitória do Japão diante da Nigéria, a seleção continuava dependendo apenas de um empate para avançar nas Olimpíadas e adiar a despedida de Marta.
O Brasil foi quem criou as primeiras chances na segunda etapa. No contra-ataque, Ludmila e Kerolin forçaram boas defesas da goleira Cata Coll. Mas, no geral, o segundo tempo foi menos movimentado, visto que a seleção espanhola não tinha necessidade de se arriscar em campo
Lorena, que salvou o Brasil na primeira etapa, falhou depois de cruzamento de Mariona Caldentey. A bola chegou a desviar em Adriana, mas Athenea empurrou para as redes após rebote da arqueira brasileira. Abatida em campo, a seleção pouco conseguiu fazer, estando atrás do placar e com uma jogadora a menos. À frente do marcador, a Espanha continuou dominando o jogo, em ritmo de treino das campeãs mundiais. Ao todo, a seleção de Arthur Elias teve apenas dois chutes a gol.
O Brasil ainda teve 15 minutos de acréscimo, em função dos atendimentos à goleira Lorena e Cata Coll, que também precisou ser substituída. Mesmo nesse tempo extra, foi a Espanha quem esteve mais próxima de ampliar o placar, com defesas da arqueira brasileira. No último lance, a Espanha ainda ampliou o placar de Alexias Putellas. De fora da área, a camisa 11, poupada no primeiro tempo, marcou o segundo da partida já nos acréscimos.
Com o resultado, o Brasil fica com -2 no saldo de gol. Se avançar, encarará o primeiro colocado do Grupo A, que poderá ser Colômbia, França ou Canadá.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.