Os governos do Brasil, Colômbia e México se juntaram nesta quinta, 1, para lançar uma nota conjunta pedindo para Venezuela lanças as atas da eleição que reelegeu Nicolás Maduro como presidente.
Lula (PT) conversou por telefone com Gustavo Petro, presidente colombiano, e Andrés Manuel Lopes Obrador , do México.
Eles pedem pela divulgação das atas por mesa para conferência de votos e garantir que Maduro foi eleito por votação, de fato, e não forjou eleição para seguir no poder da Venezuela.
A nota trigovernamental fala como a “soberania popular deve ser respeitada mediante verificação imparcial.” O pedido ecoa o de diversos outros países, inclusive EUA pela Casa Carter. A íntegra da nota está abaixo.
O governo do Brasil, oficialmente, pediu provas das eleições, Lula, inicialmente, legitimou a posse de Maduro, mas voltou atrás e pediu apresentação das atas e comprovações:
“Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se ata tiver dúvida entre oposição e situação, oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido de que é um processo normal, tranquilo.”
Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução
Estátua de Hugo Chávez é derrubada por manifestantes na Venezuela Reprodução/redes sociais
Protestos na Venezuela acontecem após a vitória de Maduro Reprodução
Protestos na Venezuela ganham força após a reeleição de Maduro Reprodução
Atos na Venezuela têm 749 presos, sete mortos e 48 policiais feridos Agência Brasil
Leia a íntegra da nota dos governos do Brasil, Colômbia e México:
Os governos do Brasil, Colômbia e México felicitamos e expressamos nossa solidariedade com o povo venezuelano, que compareceu massivamente às urnas em 28 de julho para definir seu próprio futuro.
Acompanhamos com muita atenção o processo de escrutínio dos votos e fazemos um chamado às autoridades eleitorais da Venezuela para que avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação.
As controvérsias sobre o processo eleitoral devem ser dirimidas pela via institucional. O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado mediante a verificação imparcial dos resultados.
Nesse contexto, fazemos um chamado aos atores políticos e sociais a exercerem a máxima cautela e contenção em suas manifestações e eventos públicos, a fim de evitar uma escalada de episódios violentos.
Manter a paz social e proteger vidas humanas devem ser as preocupações prioritárias neste momento.
Que esta seja uma oportunidade para expressar, novamente, nosso absoluto respeito pela soberania da vontade do povo da Venezuela. Reiteramos nossa disposição para apoiar os esforços de diálogo e busca de acordos que beneficiem o povo venezuelano.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.