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Brasil ficará inabitável em 50 anos? Não é bem assim; entenda o que a ciência diz

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Brasil é citado como um dos locais que atingem altas temperaturas
Agência Brasil

Brasil é citado como um dos locais que atingem altas temperaturas

Uma informação espalhou-se pela internet na última semana, afirmando que um estudo supostamente mostrou que o Brasil ficaria inabitável em 50 anos devido a altas temperaturas. Porém, não é bem assim.

A informação se espalhou com base em um estudo publicado na Science Advances , revista científica, em 2020. O texto de fato fala sobre temperaturas insuportáveis para pessoas – mas não cita diretamente o Brasil ou a América Latina.

O que diz estudo sobre “Brasil inabitável em 50 anos”?

O estudo é uma análise do clima entre 1979 e 2017. Assinado por Colin Raymond, pesquisador da NASA, mostrou temperaturas do bulbo úmido – medida que relaciona calor e umidade do ar.

Altas temperaturas e umidade podem causar estresse térmico, porque o corpo humano não consegue transpirar e, consequentemente, abaixar a temperatura do corpo.

O estudo mostra que a Terra passou por esses extremos de calor no passado. Mas, mais importante, não faz nenhuma projeção para o futuro.

Riscos de aquecimento da Terra

A informação de que o Brasil seria inabitável em 50 anos é, então, um desentendimento dos fatos.

Ela não leva em conta fatores como adaptação do humano ao clima e capacidade de resiliência em extremos, por exemplo.

Também há fatores externos que influenciam a temperatura geral e o calor, não apenas a aferição do bulbo úmido.

O estudo não diz sobre impossibilidade de morar no Brasil – mas alerta sobre riscos do aquecimento constante da Terra.

Karina Lima , e doutoranda brasileira em climatologia e divulgadora científica, explicou o tema em uma série de publicações no Twitter: “Alguns lugares no Brasil poderem registrar eventos que ultrapassam os 35°C de temperatura de bulbo úmido nas próximas décadas não quer dizer que o país inteiro se tornará inabitável nem que os eventos acontecerão durante o ano todo”.

“Também não sabemos a duração que os eventos terão. E é importante lembrar que os cenários estão em aberto, muito vai depender do grau de aquecimento global que teremos. Concluir que o Brasil será inabitável é um salto grande em relação às conclusões deste estudo específico”, afirma a cientista.

De onde veio informação de Brasil inabitável pelo calor?

A NASA publicou um artigo em 2022 sobre possibilidades de alguns lugares da terra ficarem quentes e, de fato, inabitáveis. Citou-se a pesquisa de Raymond, o bulbo úmido e uma entrevista com ele para entender melhor as possibilidades.

A NASA perguntou, inclusive, se Reymond tinha uma projeção de quando alguns locais se tornariam inabitáveis (com temperatura de bulbo constantemente acima de 35°C) – e o autor enfatizou que é uma projeção difícil de acertar.

Citou, porém, que algumas regiões do planeta podem atingir esse grau daqui 30 a 50 anos. Listou, então, como potenciais “vítimas”, Ásia, Golfo Pérsico, Mar Vermelho e Brasil.

Raymond também reforça que o Brasil já atinge temperaturas acima dessas, mas isso não significa que o país ficará inabitável. O país foi meramente citado como exemplo de lugar que cruza essa marca.

O artigo original, publicado na Science Advances , pode ser acessado aqui .

Fonte: Nacional

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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