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Política Nacional

Brasil e Itália propõem diálogo durante gestões no G20 e G7

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta quarta-feira (21), em Roma, que vai buscar aproximação do Brasil com a Itália, ao longo do próximo ano, quando os dois países assumirão, respectivamente, as presidências rotativas do G20 e do G7.

O G20 reúne 19 das maiores economias do planeta e a União Europeia, enquanto o G7 é um grupo de países desenvolvidos composto por Japão, Canadá, Itália, Estados Unidos, Alemanha, França e Reino Unido. A declaração ocorreu após reunião do presidente brasileiro com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, no Palácio de Chigi, sede do governo italiano.  

“Conversei com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, sobre as relações entre nossos países, especialmente neste momento em que a Itália assume a presidência do G7 e o Brasil assumirá em novembro a presidência do G20”, destacou Lula, em postagem nas redes sociais. O governo italiano assumiu a gestão do G7 em maio, durante a cúpula do grupo, no Japão, e sediará o próximo encontro de chefes de governo, no ano que vem. Já o Brasil assumirá o G20 no fim do ano, após a cúpula da organização que será em Nova Déli, na Índia. Lula também convidou a primeira-ministra para visitar o Brasil.

Agenda na Itália

Na agenda desta quarta-feira (21), Lula também se reuniu o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri. Durante o encontro, o presidente destacou a viagem à Itália significou a retomada do protagonismo do país nas discussões globais sobre meio ambiente. “Amanhã [22], às 8h30, vou dar uma entrevista coletiva porque a minha viagem à Itália foi, do meu ponto de vista, para recolocar o Brasil no centro das discussões sobre a questão climática no mundo.” 

Em encontro, Lula agradece solidariedade do prefeito de Roma.

Gualtieri visitou Lula no período em que esteve preso em Curitiba, no âmbito da Operação Lava Jato. Na época, julho de 2018, o prefeito exercia mandato de eurodeputado.

Fonte: EBC Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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