A Polícia Federal (PF) e Ministério de Segurança Pública da China assinaram, nesta sexta-feira (14), em Pequim, uma carta de intenções para fortalecer a cooperação policial entre os dois países. O ato prevê a troca de informações, a realização de investigações e atividades operacionais conjuntas, bem como intercâmbio de policiais e servidores administrativos.
O documento foi assinado pelo diretor-geral da PF, Andrei Passos, e pelo vice-ministro do Ministério de Segurança Pública da China, Liu Zhau, durante reunião na sede do órgão chinês. Segundo a PF, durante a reunião foram discutidos, ainda, outros mecanismos de cooperação, como a proposta de criação de uma Adidância da Polícia Federal junto à Embaixada do Brasil em Pequim.
Andrei Passos também visitou a Universidade de Segurança Pública da China e teve encontro com o reitor Cao Shiquan. Na ocasião, foi assinado um memorando de entendimento para implementação de ações de capacitação, como treinamentos nas áreas de inteligência, investigação e operações policiais, além de permitir o intercâmbio de policiais entre a Academia Nacional de Polícia da PF e a Universidade de Segurança Pública da China.
Os acordos das autoridades policiais são firmados no âmbito da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China. Nesta sexta-feira, Lula e o presidente chinês, Xi Jinping, também assinaram 15 atos em diversas áreas.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.