A programação de embarques nos portos brasileiros aponta que o Brasil deve exportar cerca de 1,021 milhão de toneladas de soja em grão ao longo do mês de janeiro, conforme levantamento realizado pela Safras & Mercado. Este volume representa uma significativa redução em relação ao mesmo período do ano passado, quando as exportações alcançaram 2,368 milhões de toneladas.
A queda também é perceptível em comparação com dezembro de 2024, que registrou embarques de 1,539 milhão de toneladas. Para fevereiro, a expectativa é de um volume ainda menor, com projeções de apenas 49,5 mil toneladas. Este cenário reflete uma desaceleração temporária nas exportações, possivelmente influenciada pelo ritmo das festividades de fim de ano e pela demanda internacional.
Por outro lado, a produção de soja no Brasil deve atingir números recordes. Segundo o escritório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília, a safra 2024/25 está projetada em 165 milhões de toneladas, superando a estimativa anterior de 161 milhões divulgada em outubro do ano passado e também o volume registrado na safra 2023/24, de 152 milhões de toneladas. Este crescimento é atribuído a condições climáticas favoráveis, com chuvas acima da média, e ao aumento da área plantada, agora estimada em 47 milhões de hectares, o que representa um incremento de 2,3% em relação à safra anterior.
A produtividade também segue em ascensão, com previsão de 3,51 toneladas por hectare, contra 3,47 toneladas estimadas anteriormente. Essa evolução é atribuída ao investimento dos produtores em tecnologias, incluindo sementes geneticamente modificadas para resistência à seca, conforme destacado pelo USDA.
No cenário de exportações, o USDA também projeta um recorde para 2024/25, com um volume de 105 milhões de toneladas. Este número supera as exportações de 2022/23, que totalizaram 101,8 milhões de toneladas, reforçando o papel do Brasil como um dos maiores exportadores globais de soja.
No mercado interno, as negociações ainda seguem em ritmo lento, refletindo o período de transição entre as festividades de fim de ano e a retomada das atividades normais. As cotações devem permanecer estáveis, acompanhando o mercado de Chicago, que inicia suas operações mais tarde devido ao feriado de fim/início de ano.
Com uma perspectiva otimista para a safra e as exportações, o agronegócio brasileiro se consolida como um pilar estratégico para a economia nacional, fortalecendo a posição do país no cenário global.
Fonte: Pensar Agro