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Agronegócio

Brasil deve colher quase 51 milhões de sacas de café e manter o primeiro lugar na produção mundial

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A produção brasileira de café na safra 2023 deverá registrar crescimento de 7,5% em relação ao ciclo passado. Neste ano, a colheita está estimada em 54,74 milhões de sacas beneficiadas contra 50,92 milhões de sacas em 2022.

O bom resultado é esperado mesmo em um ano de bienalidade negativa, como mostra o 2º levantamento da cultura, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Se a estimativa para este ano for comparada com o volume colhido na safra 2021, último ano de bienalidade negativa, o aumento chega a ser de 14,7%.

Maior produtor mundial do grão, o Brasil exportou cerca de 2,2 milhões de toneladas, o equivalente a 39,4 milhões de sacas de café, em 2022, com embarques para 145 países, com destaques os destinos dos Estados Unidos e Alemanha, seguidos por Itália, Bélgica e Japão.

Neste ano, a expectativa para o café arábica é que sejam colhidas 37,93 milhões de sacas beneficiadas, o que representa 69,3% da produção de café no país. Se confirmado, o volume representa um incremento de 15,9% sobre a safra de 2022.

No caso do café conilon, a perspectiva para a atual temporada é de uma produção de 16,81 milhões de sacas, redução de 7,6% da safra passada. O aumento esperado na colheita de Rondônia, Bahia e Mato Grosso não compensaram as perdas de produtividade estimadas no Espírito Santo, maior produtor de conilon.

Na opinião do presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende, a posição do Brasil como maior produtor e exportador de café é um reflexo do trabalho árduo dos produtores, das condições favoráveis de solo e clima em determinadas regiões e da expertise acumulada ao longo dos anos.

“A cafeicultura brasileira é uma fonte essencial de renda para inúmeras famílias e contribui significativamente para a economia do país. Além disso, a produção de café impulsiona o desenvolvimento rural, gerando empregos diretos e indiretos, estimulando a infraestrutura nas áreas de cultivo e promovendo a sustentabilidade agrícola. O café brasileiro é reconhecido pela sua qualidade e diversidade de sabores, atendendo às demandas de consumidores exigentes em todo o mundo”, lembra Isan.

Área – De acordo com o levantamento divulgado pela Conab, a área em produção total destinada à cafeicultura no país em 2023, contabilizando as duas espécies mais cultivadas no país (arábica e conilon), totaliza 1,87 milhão de hectares, aumento de 1,7% sobre a área da safra anterior. Já a área em formação, aquela destinada pelos produtores para a introdução de novas plantas ou ainda para realizar tratos culturais, como podas drásticas, está estimada em 375,5 mil hectares em formação, queda de 6% em relação ao ciclo anterior.

Mercado – Nos primeiros quatro meses deste ano, o Brasil exportou 11,2 milhões de sacas de 60 kg. O volume representa uma queda de 20,3% na comparação com as 14,1 milhões de sacas exportadas em igual período de 2022. A redução repete o comportamento registrado em 2021 e 2022 em razão da restrição da oferta interna nos primeiros meses do ano, o que limita a disponibilidade de café para a venda ao mercado externo.

Esse cenário de estoques restritos no início de 2023 foi influenciado pelas adversidades climáticas que limitaram a produção de café no Brasil nos últimos dois anos.

Para os preços do produto, a tendência é de queda das cotações a partir do avanço da colheita, embora não sejam esperadas reduções significativas, uma vez que os estoques baixos dão suporte aos preços do café e impedem quedas expressivas das cotações neste momento.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e Brasil mantém liderança global

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A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/2025 está projetada para crescer 8%, consolidando a posição do país como líder global nas exportações do produto. As primeiras estimativas, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicam uma produção de 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2,14 milhões de hectares. Esses números são mais otimistas do que os divulgados anteriormente pela Conab, que previam uma produção de 3,68 milhões de toneladas.

Na safra 2023/2024, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos por hectare. Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, seguido pela Bahia e Mato Grosso do Sul.

A oferta global de algodão, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente devido à redução das importações pela China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras e agora absorve apenas cerca de 20%. Isso desafia o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito.

No mercado interno, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, trazendo otimismo para o setor. De acordo com as associações de produtores estaduais, a área plantada com algodão no país deverá ser cerca de 7,4% maior em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Com uma produtividade projetada de 1859 quilos por hectare, a produção pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, um crescimento aproximado de 8%.

Apesar do crescimento na produção, o setor enfrenta desafios significativos nas exportações. A crise econômica na Argentina, principal mercado para os produtos brasileiros, resultou em uma queda de 9,5% nas exportações de têxteis e confeccionados. Esse cenário exige que o setor busque novos mercados e estratégias para manter sua competitividade internacional.

A previsão de cortes de empregos no final do ano, devido à sazonalidade da produção, é uma preocupação adicional. No entanto, a geração de quase 25 mil novos empregos de janeiro a julho de 2024 demonstra a capacidade do setor de se adaptar e crescer, mesmo em um ambiente desafiador.

Fonte: Pensar Agro

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