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Agronegócio

Brasil caminha para safra recorde de algodão com expansão da área cultivada

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O Brasil está a caminho de estabelecer um novo marco na produção de algodão, com expectativas de uma safra recorde para 2023/2024. Segundo informações da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o país deverá colher cerca de 3,5 milhões de toneladas de algodão beneficiado, o que representa um crescimento de 7,7% em relação à safra anterior.

Este aumento é atribuído principalmente a uma expansão de 15,4% na área cultivada, chegando a 1,93 milhão de hectares. Muitos agricultores optaram por substituir áreas de milho de segunda safra pela cultura do algodão, influenciados também por resultados abaixo do esperado para a soja devido aos impactos do El Niño.

Apesar do aumento na produção, a produtividade esperada por hectare é 6,7% menor em comparação ao ciclo anterior, estimada em 1.809 quilos de pluma.

As condições climáticas, incluindo chuvas recentes em estados produtores, têm sido fundamentais para o desenvolvimento da cultura do algodão, embora ainda seja necessário mais precipitação durante o período de enchimento dos capulhos, especialmente nas plantações de segunda safra.

A primeira reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados deste ano, conduzida de forma online, destacou não só as previsões otimistas de produção, mas também a necessidade de atenção à logística para escoamento da safra crescente.

Investimentos em infraestrutura são cruciais para evitar futuros gargalos logísticos. Adicionalmente, a diversificação e abertura de novos mercados para o algodão brasileiro foram temas abordados, dada a atual dependência do mercado chinês, que consome 60% da produção nacional.

A indústria têxtil interna, beneficiária de aproximadamente 750 mil toneladas da produção, também projeta um ano promissor, ancorado em expectativas de crescimento do PIB e consequente aumento do consumo.

Contudo, desafios persistem, como a concorrência de importações isentas de impostos via plataformas digitais internacionais, que ameaçam o emprego e a produção nacional. A perspectiva é de um crescimento moderado para a indústria têxtil na segunda metade do ano, refletindo uma melhoria geral na economia e no setor.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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