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Bombeiros dizem que helicóptero que caiu bateu em laje e coqueiro

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Destroços do helicóptero
João Vitor Revedilho

Destroços do helicóptero


O Coronel do Corpo de Bombeiros , Camargo Jr, afirmou nesta sexta-feira (17) que o helicóptero que caiu em São Paulo , e matou quatro pessoas, bateu em um coqueiro e na laje de um prédio desativado. Na avaliação dele, o piloto tentou pousar em um espaço vazio para não colocar a vida de mais pessoas em risco.

“A gente não sabe se a calda caiu muito antes da queda. A única coisa que temos de concreto é a fala do vigilante, que relatou que a aeronave se chocou com um coqueiro e laje. A partir daí, fragmentos podem ter sido arremessados”, afirmou durante entrevista coletiva.

Ele também explicou que o piloto tentou pousar em um depósito de uma empresa desativada. “Às vezes, para poder fazer o pouso, o piloto buscou esse espaço abandonado, mas se chocou com essa laje e também com o coqueiro […] Acho que todos os pilotos são treinados para buscar um local que tenha mais chance de salvar e não colocar em risco mais pessoas”, detalhou.

O coronel também contou que parte do combustível vazo e pegou fogo, mas “foi muito pouco”. “Cenipa que vai fazer uma análise melhor”, completou. Ele disse que as vítimas foram identificadas e as autoridades vão reconstruir a aeronave para “poder tirar todas as conclusões”.

O Capitão André Elias, do Corpo de Bombeiros, está participando da ocorrência e lamentou os óbitos. “Cenário bastante triste. Infelizmente, o helicóptero foi bastante danificado e contabilizamos quatro óbitos, então deixamos nossas condolências aos familiares e amigos das vítimas” afirma ao Portal iG.

“O Corpo de Bombeiros agora faz a prevenção e o auxílio para polícia técnica e científica e também para a Força Aérea, que fará uma investigação mais detalhada”, acrescenta.

Testemunhas viram o acidente

Testemunhas viram o momento em que um helicóptero caiu em São Paulo. O caseiro de um prédio que fica próximo do local do acidente contou que uma das vítimas tentou pular da aeronave antes de ocorrer a queda.

“Na hora do acidente, ele tava vindo e soltou a parte traseira da calda. Aí ele foi caindo e tinha gente na porta tentando pular. Só que bateu no coqueiro e depois no poste da guarita onde fica outro segurança. Uma das vítimas tentou pular, mas não pulou”,  relata Anselmo da Silva com exclusividade para o Portal iG.

“O outro segurança tava na guarita com um cachorro e só escutou o estouro da batida. Eu vi batendo, aí foi um estrondo, barulho forte. Quando caiu, subiu uma fumaça. Corri para ajudar o outro segurança e cheguei a ver vítimas que estavam todas quebradas”, acrescenta.

O senhor Weber Boppre, que passava pelo local na hora do acidente, ficou assustado com a queda do helicóptero. Ele explica que percebeu que ninguém conseguiria sobreviver por causa da altura da queda.

“Eu estava parado na Avenida Hudqui e, apesar de não ser piloto gosto de aviação, então eu parei para ver o helicóptero passando. Como o farol estava fechado, abri a janela [do carro] e fixei nele. Só que a aeronave deu uma guinada de calda, o piloto corrigiu, mas o motor, de repente, parou. Foi neste momento que a aeronave despencou”, afirma.

“O que me chocou foi que ele caiu como uma pedra. Ele não girou, porque se não tem motor, não tem contração de calda. Acho que pela quantidade de pessoas, o motor quebrou, ficou em ‘V’, a sustentação foi zero. Eu só pensei que ninguém ia sobreviver porque a altura era muito grande”, completa.

O acidente

A aeronave caiu entre as ruas Pedro Luís Alves Siqueira e James Holland, na Barra Funda, zona Oeste de São Paulo (SP).  Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas morreram.

A aeronave caiu em um prédio desativado. Os bombeiros informaram que o helicóptero saiu de Guarujá e estava próximo do pouso no Aeroporto Campo de Marte, na Zona Norte de São Paulo.

Segundo o subcomandante Yuri Moraes, a aeronave bateu contra um coqueiro antes de atingir o solo. Ele também afirmou para a reportagem que a “ocorrência chegou aos Bombeiros por volta das 14h45”, mas que a aeronave caiu às 14h35.

Há informações de que todas as vítimas são homens. Três seriam de São Paulo e um do Rio de Janeiro.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) deve iniciar as investigações ainda nesta sexta-feira.


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Fonte: IG Nacional

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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