Ao menos 16 pessoas morreram nesta segunda-feira (9) em uma série de bombardeios noturnos israelenses contra alvos militares na província de Hama, centro da Síria , informou a agência oficial Sana, embora uma ONG afirme que o número de vítimas é maior.
Questionado pela AFP em Jerusalém, o Exército de Israel , que bombardeou a Síria centenas de vezes desde o início da guerra civil naquele país em 2011, se recusou a comentar este último ataque. Os bombardeios visam particularmente o Exército do presidente Bashar al Assad e grupos pró-Irã que o apoiam.
Com base em fontes médicas, a Sana afirmou que o balanço da “agressão israelense” em vários pontos dos arredores de Masyaf foi de “16 mártires e 36 feridos”, seis deles em estado grave.
A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) afirmou que os bombardeios deixaram 25 mortos, incluindo “cinco civis, quatro soldados e membros da inteligência e 13 sírios que trabalhavam com grupos pró-Irã”. Três corpos não foram identificados.
A ONG, que tem sede no Reino Unido mas conta com uma ampla rede de fontes na Síria, destacou que os ataques destruíram “edifícios e centros militares”.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, disse à AFP que foi um dos “bombardeios mais violentos” da aviação israelense na Síria que os ataques tinham como alvos “o centro de pesquisa científica Mesyaf e locais próximos”.
Ele disse que o centro, no qual trabalham especialistas iranianos, “desenvolve armas, em particular mísseis de precisão e drones”.
A agência Sana informou que “por volta das 23h20 (20h20 GMT) de domingo, o inimigo israelense executou um ataque aéreo a partir do noroeste do Líbano, contra uma série de locais militares na região central”.
“Nossa Força Aérea derrubou alguns mísseis”, acrescentou, citando uma fonte militar.
O Ministério das Relações Exteriores da Síria repudiou os ataques, que atribuiu a Israel, país que acusou de tentar “provocar uma escalada na região”.
Em Teerã, o porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kanani, também condenou o “ataque criminoso” de Israel.
As operações de Israel na Síria se tornaram mais intensas após o ataque do grupo islamista palestino Hamas em 7 de outubro, o que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.
A Síria tenta permanecer afastada da violência regional, mas os bombardeios israelenses frequentemente atacam alvos em seu território do grupo libanês pró-Irã Hezbollah, que troca tiros com o Exército israelense do sul do Líbano.
As autoridades israelenses raramente comentam os ataques, mas já afirmaram que não permitirão que seu inimigo Irã aumente sua presença na Síria.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.