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Política Nacional

Bolsonaro ficou furioso com Hang e questiona: ‘Virou comunista?’

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O empresário Luciano Hang
Divulgação

O empresário Luciano Hang

Jair Bolsonaro (PL) não está nada satisfeito com um aliado de primeira grandeza e que, na cabeça do ex-presidente, pulou o muro no início de 2023. Trata-se de Luciano Hang, proprietário das lojas Havan e que vem fazendo elogios ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos últimos dias. O político ficou tão furioso com o amigo que chegou a mandar um recado muito direto.

À coluna, uma pessoa do círculo do ex-presidente afirmou que ele ficou muito insatisfeito com a recente entrevista de Hang, que lembrou ter ficado rico durante as gestões do PT – de Lula e Dilma Rousseff –, o que gerou burburinho e incômodo. Bolsonaro teria pensado até que tratava-se de fake news, mas ao saber que o aliado tinha dito essas palavras se sentiu traído.

Em um grupo de WhatsApp com diversos políticos de seu núcleo, Bolsonaro comentou a notícia com apenas uma palavra. “Traíra”, escreveu ele, segundo uma fonte ouvida pela coluna. Hang, porém, não faz parte do grupo e, portanto, não leu o que o amigo achou dele. Mesmo assim, o clima pesou tanto que o líder do bolsonarismo não perdeu a chance e, inconformado, decidiu procurar o empresário.

Duas pessoas revelaram à coluna que Bolsonaro mandou uma mensagem privada ao companheiro com a seguinte questão. “Virou comunista?”, questionou ao enviar a notícia com os elogios de Hang a Lula. As mesmas pessoas confirmaram que o empresário optou por não ir ao embate, mas preferiu dar risada como resposta e fechar o papo. “Estamos juntos, presidente”.

Desde então eles não se falaram mais, mas aliados garantem que o clima não é tranquilo e que Bolsonaro perdeu a confiança. Ainda assim, ele sabe que não pode romper com Hang porque ele é um importante nome para mantê-lo na crista da onda na região Sul. “Por ele, os dois já teriam rompido”, garante uma pessoa próxima.

Fonte: Política Nacional

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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