O depoimento do ex-mandatário deve ter início às 14h. Essa é a terceira vez, em menos de dois meses, que Bolsonaro é convocado a prestar esclarecimentos à Polícia Federal.
A investigação da PF aponta indícios de que seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, e outros assessores próximos teriam colaborado na emissão de certificados falsos de imunização contra a COVID-19 para Bolsonaro e sua filha, com o objetivo de garantir sua entrada nos Estados Unidos no final de 2022.
Segundo a Polícia Federal, há registros no aplicativo ConecteSus — utilizado pelo Ministério da Saúde para emitir certificados de vacinação , indicando que a conta associada a Bolsonaro foi acessada de dentro do Palácio do Planalto pelo ex-ajudante de ordens para emitir os comprovantes falsos.
Essa evidência reforça a suspeita de que Bolsonaro tinha conhecimento da falsificação dos documentos.
Caso seja comprovada a participação de Bolsonaro, ele poderá ser acusado do crime de inserção de dados falsos em sistemas de informação, sujeito a pena de até 12 anos de prisão e multa
Além disso, a PF investiga se os certificados falsos foram utilizados pelo ex-presidente em alguma ocasião, o que poderia configurar um crime federal nos Estados Unidos, com pena de até dez anos de prisão.
Especialistas em direito avaliam que existem indícios fortes que justificam a investigação da possível participação de Bolsonaro, uma vez que as fraudes teriam sido realizadas dentro do Palácio do Planalto por seus assessores mais próximos.
Contudo, o ex-presidente nega ter conhecimento da falsificação e poderá se defender durante o depoimento, atribuindo qualquer crime a uma ação autônoma de seus subordinados, especialmente Mauro Cid, que está preso.
Em depoimentos anteriores, ele tratou de questões relacionadas a joias recebidas da Arábia Saudita e não declaradas à Receita Federal, bem como sua suposta influência em ataques antidemocráticos.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.