O Bolsa Família vai passar por uma reformulação e, entre as mudanças, deve contar o adicional de R$ 20 a R$ 50 para filhos de 7 a 18 anos da família recebedora do benefício. Para os menores de 6 anos, o acréscimo será de R$ 150. A apuração é do jornal Folha de São Paulo.
O formato do “novo Bolsa Família” ainda não foi definido. Segundo o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, os técnicos da pasta usaram o feriado de Carnaval para fazer simulações e calcular até quanto poderiam gastar.
Além disso, o governo deve adotar critérios mais rígidos para inclusão de famílias monoparentais no Cadastro Único para benefícios sociais. As famílias unipessoais dispararam dentro do CadÚnico às vésperas das eleições presidenciais e agora estão na mira do pente fino do Tribunal de Contas da União e do próprio ministério.
A ideia é que o corte de beneficiários irregulares possa ajudar a liberar a verba necessária para pagar o acréscimo. Segundo o ministro Wellington Dias, a previsão é que 2,5 milhões de benefícios possam ser cortados.
Durante as gestões petistas, o Bolsa Família não tinha valor mínimo e variava conforme o tamanho da família, o que mudou na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, que instituiu um valor mínimo a ser pago independente do tamanho da família.
O governo também irá priorizar a inclusão de famílias com maior número de filhos no programa. O projeto deve contar com uma espécie de pontuação para categorizar quem mais precisa do benefício.
Dias disse ao jornal O GLOBO que no novo Bolsa Família, outras informações vão constar no Cadastro Único (CadÚnico), como habitação, água potável, energia, internet, documentação, esporte, cultura e capacitação.
Ele também ressaltou que esse pagamento volta a ser atrelado à manutenção do calendário de vacinação das crianças atualizado e dever de frequentar a escola.
O governo vai extinguir o bônus para famílias com crianças e adolescentes que tiram boa notas e se destacam nos esportes, criado no Auxílio Brasil pelo governo de Jair Bolsonaro.