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MATO GROSSO

Boas práticas são apresentadas no Encontro das Redes de Enfrentamento à Violência contra mulheres

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No encerramento do “I Encontro das Redes de Enfrentamento à Violência Doméstica nas Comarcas Mato-Grossenses”, nesta terça-feira (28 de novembro), juízes, advogados, policiais, profissionais da saúde, educação e demais representantes dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Barra do Garças, Cáceres, Juína, Primavera do Leste, Sinop, Sorriso, Lucas do Rio Verde e Tangará da Serra apresentaram as ações realizadas no combate e prevenção ao feminicídio. O evento foi realizado no auditório Gervásio Leite, na sede do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
 
Do município de Cáceres, a 217 km de Cuiabá, a juíza Alethea Assunção Santos, da 2ª Vara Criminal e demais membros, apresentou algumas iniciativas, como a criação do grupo ‘Coletivo de Mulheres de Cáceres’, uma iniciativa da pró-reitoria de projetos de extensão da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat). A rede local é composta por membros da comunidade, universitários, professores e demais representatividades de intuições, Ordem dos Advogados do Brasil e o executivo municipal. 
 
“Nós desenvolvemos práticas realizadas pela equipe da Vara de Violência Doméstica, como acompanhamento da vítima, debates e conhecimento sobre a lei Maria da Penha durante reuniões em grupos reflexivos para homens, o trabalho da Polícia Militar com a Patrulha Maria da Penha e a Comissão da Mulher Advogada pela OAB. Todo este trabalho de enfrentamento é realizado de forma coletiva, sem o protagonismo de uma única intuição, pois sozinho ninguém faz nada. Por isso, estamos trabalhando em conjunto para que o combate à violência ocorra da melhor forma possível”, explicou a magistrada.  
 
O panorama das ações de segurança, através da Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), foi apresentado pela tenente Rosana Mendes, do 6° Comando Regional, que atua com demais policiais no atendimento e monitoramento das mulheres com as medidas protetivas de urgência deferidas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), bem como a fiscalização de seu cumprimento pelos agressores. 
 
“A Patrulha Maria da Penha, do 6° Comando Regional, teve início em março de 2021. A gente atende mulheres que possuem Medidas Protetivas, vamos na casa de cada uma delas para saber se os agressores estão distantes dessas vítimas. Por dia, nossa guarnição realiza de 8 a 12 visitas para saber se elas estão precisando de alguma coisa, pois, às vezes essas vítimas possuem alguma necessidade, como por exemplo a falta de alimentos. Neste caso, a gente realiza ação social para conseguir cesta básica para ajudar elas. A gente também faz a notificação dos ex-maridos agressores para explicar as regras da medida protetiva. Também realizamos palestras, rodas de conversas em escolas, igrejas e comunidade para falar sobre a lei Maria da Penha, nosso foco é acabar com este ciclo de violência”, explicou a policial.
 
Do município de Barra do Garças, a 516 km de Cuiabá, a Assistente Social do Centro de Referência Especializada em Assistência Social (CREAS) e presidente da Rede de Enfrentamento à Violência Doméstica contra Mulher, Josiane Emilia da Silva, destacou as ações do plano de trabalho que vem sendo realizado na comunidade. A força-tarefa possui cinco eixos de atuação, uma delas é o Grupo Reflexivo de Homens (GRH), que trabalha com os agressores. Essa ação resultou na diminuição dos casos de reincidência de violência doméstica. 
 
“Quando esses homens participam do grupo, eles começam a repensar os seus atos, os agressores que batiam uma, duas, três vezes, entendem e aprendem que essa atitude é errada. Por isso, avaliamos essa ação como muito positiva a realização do GRH”, afirmou Josiane. 
 
Dados apresentados na palestra, mostraram que o trabalho realizado pela Rede de Enfrentamento tem gerado índices de redução nos casos de agressão e feminicídio em Barra do Garças. As ações seguem sendo realizados para zerar qualquer tipo de violência contra as mulheres.
 
“Quando começamos a Rede, o grau de violência era muito alto, tanto de violência quanto de feminicídio. Em 2012, foram quatros casos, mas quando iniciamos o trabalho em 2013, apenas um caso foi registrado. Nos anos de 2014, 2015, 2016, 2017 tivemos zero casos de feminicídios e agressões, isso é resultado do nosso intenso trabalho. Fizemos palestras em todas as escolas e faculdades de Barra do Garças e Pontal do Araguaia, uma grande campanha, várias ações integradas com outros eventos na cidade. Vamos continuar nesta missão, precisamos eliminar casos violência contra a mulher”, finalizou.
 
Clique aqui para assistir na íntegra as demais apresentações das boas práticas realizadas nas Redes de outros municípios.
 
No encerramento do evento, a juíza coordenadora do Encontro e titular da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Ana Graziela Vaz de Campos Alves Corrêa, destacou que a realização do encontro e o compartilhamento das ações e projetos, é importante para o fortalecimento no combate a violência contra a mulher. 
 
“Estou satisfeita porque conseguimos realizar este encontro das Redes, foi uma grande aprendizagem para todos nesta troca de experiências. Este é o primeiro de muitos outros que vamos realizar, o trabalho é sempre em conjunto, pois no combate à violência doméstica e qualquer outra área, nenhuma instituição faz nada sozinha. Meus agradecimentos à presidente do nosso Tribunal, desembargadora Clarice, a vice-presidente desembargadora Maria Erotides, os juízes das comarcas, representantes da Cemulher e demais representantes”, finalizou a juíza.   
 
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Foto que mostra o auditório do Tribunal de Justiça lotado. À frente, palestrando no palco o juiza Alethea Assunção Santos, palestrando no palco. Ela tem cabelos longos prestos, usa uma blusa de mangas brancas e calça presta. 2: mostra a policial militar de Mato Grosso Rosana Mendes. Ela está sentada na poltrona do palco central. Ela é uma mulher negra, está com cabelo preso e usa uma farda cinza.
 
Carlos Celestino | Fotos: Ednilson Aguiar
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Governador: decisão do STF sobre medicamentos vai garantir saúde melhor ao cidadão

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O governador Mauro Mendes participou, nesta quinta-feira (17.10), do evento no Supremo Tribunal Federal (STF) em comemoração à decisão que pacificou a questão dos medicamentos de alto custo no país.

A decisão do STF colocou requisitos e critérios mais claros e objetivos para a concessão ou não de medicamentos de alto custo, de forma a evitar judicialização e gastos exorbitantes do Poder Público com ações específicas em detrimento das demandas coletivas.

Para o governador, que participou ativamente do debate, a decisão veio em boa hora e traz segurança jurídica aos municípios, estados e para o próprio Governo Federal, além de uma melhor prestação de serviços de saúde ao cidadão.

“Parabenizo essa decisão que foi construída a partir de esforços do Ministério da Saúde, governadores, presfeitos, Advocacia Geral da União e vários outros atores. Essa decisão vai permitir uma melhor eficiência no gasto do dinheiro público e melhor atendimento ao cidadão”, declarou Mauro Mendes.

Estavam presentes no evento: a ministra da Saúde, Nisia Trindade; os ministros do STF Gilmar Mendes, Carmen Lúcia, Luís Barroso, Alexandre de Moraes, André Mendonça e Cristiano Zanin; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.

A decisão

Com a decisão do Supremo, ficou definido como regra geral que se o medicamento registrado na Anvisa não constar das listas do SUS (Rename, Resme e Remune), independentemente do custo, o juiz só pode determinar seu fornecimento excepcionalmente.

Nesse caso, o autor da ação judicial deve comprovar, entre outros requisitos, que não tem recursos para comprar o medicamento, que ele não pode ser substituído por outro da lista do SUS, que sua eficácia está baseada em evidências e que seu uso é imprescindível para o tratamento.

Se todos esses requisitos forem cumpridos, caberá ao Judiciário, no caso de autorizar o medicamento, oficiar aos órgãos competentes para avaliarem a possibilidade de sua incorporação no âmbito do SUS.

Também ficou decidio pela criação de uma plataforma nacional para reunir todas as informações sobre demandas de medicamentos.

Isso deve facilitar a gestão e o acompanhamento de casos e a definição das responsabilidades entre União, estados e municípios, além de melhorar a atuação do Judiciário nesse tema.

O acordo define, ainda, quais são os medicamentos não incorporados (que não constam na política pública do SUS, medicamentos previstos nos protocolos clínicos oficiais para outras finalidades, medicamentos sem registro na Anvisa e medicamentos off label sem protocolo clínico ou que não integrem listas do componente básico).

As demandas relativas a medicamentos não incorporados ao SUS, mas com registro na Anvisa, tramitarão na Justiça Federal quando o valor do tratamento anual for igual ou superior a 210 salários mínimos. Nesses casos, os medicamentos serão custeados integralmente pela União.

Quando o custo anual unitário do medicamento ficar entre sete e 210 salários mínimos, os casos permanecem na Justiça Estadual. A União deverá ressarcir 65% das despesas decorrentes de condenações dos estados e dos municípios.

Fonte: Governo MT – MT

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