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Agronegócio

BNDES: projeto que destina R$ 1 bi para beneficiar 250 mil agricultores do nordeste será lançado nesta terça

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) juntamente com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), lançam nesta terça-feira (24.10) o edital “Sertão Vivo”, um programa de investimento destinado a impulsionar o desenvolvimento sustentável no semiárido nordestino do Brasil.

Cerca de 250 mil famílias de produtores rurais de quatro estados do semiárido nordestino poderão ter à disposição cerca de R$ 5 bilhões, por meio desse projeto que visa promover a segurança alimentar e a adaptação às mudanças climáticas na região.

Até quatro propostas serão escolhidas, com a expectativa de que esses projetos beneficiem mais de 1 milhão de pessoas e ocupem uma área de 84 mil hectares.

O foco principal é a agricultura familiar, com inclusão de comunidades tradicionais e povos indígenas. Um requisito fundamental é que esses grupos representem 40% de mulheres e 50% de jovens. Além disso, o programa oferecerá capacitação para aumentar a resiliência dos sistemas de produção agrícola, conservar os recursos hídricos e restaurar ecossistemas degradados.

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, este projeto é um passo significativo na direção de promover o desenvolvimento sustentável e, ao mesmo tempo, enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

“O que estamos fazendo aqui é construir as bases para proteger a Terra, mas sobretudo para proteger os mais pobres do agravamento da crise climática que se avizinha. Estamos nos preparando para as adversidades e mostrando que o BNDES sabe criar, sabe inovar, sabe fazer”, disse o presidente.

Os projetos selecionados receberão apoio direto, que incluirá financiamento reembolsável ao BNDES e financiamento não reembolsável, permitindo investimentos sem a necessidade de devolução.

A parcela não reembolsável será direcionada para a instalação de 21 mil cisternas e 16 mil unidades de tratamento e reuso de águas residuais domésticas. Há planos de expandir o programa para abranger todos os nove estados do Nordeste.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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