O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinará um decreto para impor novas sanções contra corretores, empresas financeiras e bancos estrangeiros que apoiam a Rússia a obter recursos necessários para sua indústria de armas, em meio ao conflito na Ucrânia.
A informação foi confirmada nesta sexta-feira (22) por altos funcionários da administração do governo americano em uma coletiva de imprensa na Casa Branca.
Segundo nota, a decisão foi tomada em acordo com os países do G7 e aliados e afeta diretamente “empresas, instituições e bancos” que têm desempenhado um papel “facilitador” para a guerra russa.
“É um passo importante para perturbar ainda mais o apoio material à base industrial de defesa da Rússia e para obstruir os esforços do país para aumentar a sua capacidade militar”, declarou um dos funcionários.
Durante a coletiva, também foi lembrado que “já se passaram quase dois anos desde que a Rússia avançou em direção a Kiev numa invasão brutal da Ucrânia que ameaça os próprios alicerces da paz e da estabilidade internacionais”.
Desta forma, os Estados Unidos têm tomado medidas fortes e decisivas para impor custos ao regime de Vladimir Putin para responsabilizá-lo pelas suas ações no território liderado por Volodymyr Zelensky, como sanções e controles das exportações contra milhares de entidades e indivíduos.
De acordo com a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, onovo decreto tem como objetivo perseguir as instituições financeiras que enviam produtos para o complexo militar industrializado da Rússia e também dá a Washington a capacidade de proibir produtos originários de Moscou, mas processados em terceiros países, como frutos do mar e diamantes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.