O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a criticar o ex-mandatário Donald Trump e disse que ele representa uma ameaça à democracia. Em discurso nessa quinta-feira (28), Biden defendeu “eleições livres e justas” e afirmou que o “extremismo” de Trump pode alterar as instituições norte-americanas.
“Há algo perigoso acontecendo nas Estados Unidos agora”, disse Biden, em discurso no Arizona (EUA). “Existe um movimento extremista que não partilha as crenças básicas da nossa democracia: o movimento MAGA [Make America Great Again, na tradução, Faça a América Boa De Novo]”.
“Não há dúvida de que o Partido Republicano de hoje é impulsionado e intimidado pelos extremistas republicanos do MAGA”, continuou. “A sua agenda extrema, se levada a cabo, alteraria fundamentalmente as instituições da democracia americana tal como a conhecemos.”
“Trump diz que a Constituição lhe deu o direito de fazer o que quiser como presidente”, afirmou Biden. “Nunca ouvi presidentes dizerem isso nem de brincadeira”.
Na ocasião, referiu-se a quando Trump sugeriu que o general Mark Milley, presidente do Estado-Maior Conjunto, poderia ser executado, dizendo que o silêncio do ex-presidente sobre a fala foi “ensurdecedor”.
“Todos deveríamos lembrar: as democracias não morrem apenas na ponta de um rifle. Elas podem morrer quando as pessoas ficam em silêncio, quando não conseguem se levantar”, continuou o norte-americano. “Acredito em eleições livres e justas e na transferência pacífica de poder. Acredito que não há lugar na América – nenhum, nenhum, nenhum – para a violência política.”
Pesquisas eleitorais realizadas no país indicam que Biden e Trump estão em uma disputa acirrada para as eleições de 2024. Levantamento divulgado no último domingo (24) pela ABC News e Washington Post mostram, no entanto, que o republicano está na frente da corrida eleitoral. Trump, conforme os números, está com 51% das intenções de voto, enquanto Biden aparece com 42%.