O presidente dos EUA, Joe Biden, expressou nesta quinta-feira (29) sua oposição à decisão da Suprema Corte de proibir o uso de critérios raciais e étnicos nas admissões universitárias.
De acordo com Biden, a decisão representa um abandono de décadas de precedentes e beneficia “apenas as pessoas ricas e bem relacionadas”
As ações afirmativas têm como objetivo combater a discriminação e promover a inclusão de grupos historicamente marginalizados, tais como minorias étnicas, mulheres, pessoas com deficiência, entre outros. Um exemplo de ação afirmativa são as cotas, que consistem em reservar uma determinada porcentagem de vagas para alunos pertencentes a esses grupos.
Nos Estados Unidos, ao contrário das universidades brasileiras que adotam cotas, existia um sistema que considerava a raça como um critério para a seleção dos alunos admitidos.
“O preconceito ainda existe nos Estados Unidos, e a decisão de hoje não muda isso. Acredito que as universidades são mais fortes quando são racialmente diversas. Temos que lembrar que diversidade é a nossa força, e eu sempre lutarei por isso”, complementou o presidente.
A decisão da Suprema Corte reverte um entendimento de quase 50 anos, que determinava que as universidades não podem criar sistemas de cotas, mas poderiam usar a raça como critério nas seleções.