“Meus colegas Democratas, decidi não aceitar a nomeação e concentrar todas as minhas energias nas minhas funções como Presidente durante o resto do meu mandato. Minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente”, escreveu Biden, que postou uma foto ao lado da aliada.
“E foi a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer todo o meu apoio e endosso para que Kamala seja a indicada do nosso partido este ano. Democratas – é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer isso”, acrescentou o atual presidente dos EUA.
Apesar da campanha de Biden e de Harris ser a favorita entre os eleitores democratas, ainda não há um consenso no partido. No sábado (20), Nancy Pelosi , ex-presidente da Câmara dos Deputados, sugeriu que o partido fizesse uma nova primária.
Nos últimos dias, o nome da ex-primeira-dama Michelle Obama, esposa de Barack Obama, também ganhou força. Segunda uma pesquisa da Reuters, ela seria capaz de derrotar Donald Trump.
Desistência
Biden deixou claro que a pressão do Partido Democrata e de eleitores pesou em sua decisão de abandonar a candidatura. “Foi a maior honra da minha vida servir como seu Presidente. E, embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que seja do interesse do meu partido e do país que eu me afaste e me concentre exclusivamente no cumprimento de minhas obrigações como presidente pelo restante do meu mandato”, disse.
A pressão aumentou após o péssimo desempenho de Biden no debate com seu adversário Donald Trump, do Partido Republicano, na emissora CNN, no final de junho. Na ocasião, o atual presidente de 81 anos cometeu diversos deslizes e gerou maior preocupação no Partido Democrata sobre sua acuidade mental.
Após o debate, congressistas democratas começaram a se posicionar publicamente pela saída de Biden do pleito. O coro ganhou maior adesão com o aumento das gafes cometidas pelo presidente em entrevistas e comícios – ele chegou a trocar o nome do presidente da Ucrânia com o da Rússia, por exemplo.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.