A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) foi escolhida como relatora do Projeto de Lei 1123/2022 , que altera o Estatuto da Advocacia (Lei nº 8.906/94) e estabelece as eleições diretas para a diretoria do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O projeto é de autoria do ex-deputado Guiga Peixoto (PSC-SP) e estava parado desde maio de 2022. A indicação da deputada foi da presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Casa (CCJ), deputada Caroline de Toni (PL-SC) .
A escolha aconteceu após ocorreu uma manifestação, nesta quarta-feira (5), de advogados no Salão Negro da Câmara dos Deputados que reuniu advogados de todo o país. Para Everardo Gueiros, um dos defensores da proposta, é inconcebível que a presidência da OAB ainda seja escolhida de forma indireta.
“Depois de 40 anos de eleições diretas no Brasil, a Ordem ainda não tem eleições abertas para a escolha do presidente e da diretoria”, destaca o advogado. “A democracia na OAB é apenas da porta para fora; dentro, ela não existe”, completa Gueiros.
Os advogados presentes destacaram a discrepância entre o papel relevante da OAB pela redemocratização do país nos anos de 1980 por meio das Diretas Já e a escolha de seu representante. Apenas 81 conselheiros participam da eleição da diretoria. De acordo com o grupo, essa postura vai contra o que o Estado Democrático recomenda, que limita a decisão de membros da entidade.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.