Os dois filhos mais velhos do ex-premiê da Itália Silvio Berlusconi , Marina e Pier Silvio, dividirão o controle da Fininvest, holding que concentra os negócios da família, segundo testamento visualizado pela ANSA. Ainda, ele deixou 100 milhões de euros (cerca de 528 milhões de reais) para sua última companheira, Marta Fascina , de 33 anos.
O documento foi aberto para os filhos na última quarta-feira (5) e não detalha o patrimônio do ex-primeiro-ministro, como as mansões em Arcore e na Sardenha, concentrando-se na Fininvest e em doações financeiras.
Em junho, porém, a própria Fininvest informou que obteve lucro líquido de 200 milhões de euros (R$ 1 bilhão) em 2022 e que pagaria dividendos de 100 milhões de euros (R$ 500 milhões). No ano anterior, os dividendos foram de 150 milhões de euros.
A Fininvest, presidida por Marina, é a principal acionista do conglomerado de mídia MFE-Mediaset e do grupo editorial Mondadori, além de dividir o controle do Banco Mediolanum com o grupo Doris. Também é controladora do clube de futebol Monza.
Divisão entre os filhos
De acordo com uma folha escrita a mão em 2 de outubro de 2006, Marina Berlusconi, 56 anos, e Pier Silvio Berlusconi, 54, herdarão a cota do ex-premiê na Fininvest. Com isso, os dois, que já tinham uma participação na holding, passam a deter uma fatia total de 53%, dividida igualmente. Eles são frutos do primeiro casamento de Berlusconi, com Carla Dall’Oglio.
O restante da holding será dividido de forma igualitária entre os filhos Barbara (38), Eleonora (37) e Luigi (34), que nasceram do matrimônio com Veronica Lario.
“Obrigado, tenho muito amor por todos vocês”, escreveu Berlusconi no testamento para os filhos. Em um comunicado divulgado em nome dos cinco herdeiros, a Fininvest diz que os desejos finais do ex-premiê mostram que “nenhum indivíduo terá o controle solitário” da holding.
100 milhões de euros para irmão e companheira
Já em outra carta do testamento, esta de 5 de outubro de 2020, Berlusconi deixou 100 milhões de euros (R$ 528 milhões) para seu irmão Paolo. Mais tarde, em 19 de janeiro de 2022, determinou que a mesma quantia fosse dada à sua última companheira, a deputada de 33 anos Marta Fascina.
A última companheira de Berlusconi ainda é presidente do Forza Italia, partido criado por Berlusconi em 1994 e deputada pela Sicília.
Além disso, destinou 30 milhões de euros para o ex-senador Marcello Dell’Utri, seu amigo de longa data e que cumpriu cinco anos de prisão –sendo um deles em regime domiciliar –por associação mafiosa. “Pelo bem que eu quis para eles e pelo bem que eles quiseram para mim”, escreveu Berlusconi na carta sobre Fascina e Dell’Utri.
Questionado pela ANSA, o ex-senador disse ter ficado “chocado” com a herança deixada por seu amigo. “Não esperava porque ele não me devia nada. O afeto continuaria mesmo sem esse gesto material, que demonstra a grandeza do homem. Eu dei tudo para ele, e ele deu tudo para mim”, disse.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.