“A vida de Indi terminou à 1h45 [horário local]. Claire e eu estamos furiosos, com os corações partidos e cheios de vergonha”, disse Dean, pai da recém-nascida, em uma mensagem entregue aos advogados da família na Itália, cujo governo tentou intervir para impedir a morte da menina.
“O Serviço Nacional de Saúde [NHS] e os tribunais não apenas tiraram dela a possibilidade de viver, mas também tiraram a dignidade de morrer na casa da família a que pertencia”, acrescentou.
Dean ainda acusou o NHS de querer “se livrar de Indi sem que ninguém soubesse”. “Mas nós garantimos que ela fosse lembrada para sempre”, declarou.
A recém-nascida estava internada no Queen’s Medical Centre, em Nottingham, e sofria de uma doença mitocondrial que impede as células do corpo de produzirem energia, condição tida como incurável pelo Serviço Nacional de Saúde britânico.
Na semana passada, o governo da Itália aprovou a toque de caixa a concessão de cidadania para a menina, com o objetivo de transferi-la para o Hospital Bambino Gesù, centro pediátrico gerido pela Igreja Católica em Roma.
No entanto, a Justiça do Reino Unido negou todos os recursos da família para impedir o desligamento dos aparelhos de Indi, alegando que a “dor significativa” experimentada por ela não se justificava perante uma “condição incurável e uma expectativa de vida muito curta”.
Em mensagem nas redes sociais, a premiê italiana, Giorgia Meloni, lamentou a morte de Indi. “Fizemos tudo aquilo que podíamos. Infelizmente, não foi o bastante. Boa viagem, pequena Indi”, disse.