Fiscalizações do Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) resultaram no fechamento de sete lava-jatos que estavam em desacordo com a legislação ambiental, nos últimos 15 dias, em Cuiabá. Nas ações, as equipes policiais prenderam sete pessoas, apreenderam equipamentos poluidores e aplicaram R$ 84,3 mil em multas. Os dados foram divulgados pela unidade nesta quarta-feira (26.06).
Os trabalhos foram iniciados no dia 11 de junho, no âmbito da operação “Protocolo – Prioridade Total”. As equipes do Batalhão Ambiental ficaram responsáveis por fiscalizações e abordagens em estabelecimentos de grande movimentação de pessoas, incluindo os lava-jatos de Cuiabá.
Nessas áreas, foram abordadas 775 pessoas e 589 veículos. Ainda nas abordagens, os militares realizaram vistorias nestes empreendimentos e verificaram se os locais funcionavam em acordo com a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).
Entre as principais infrações constatadas, destacam-se o funcionamento de estabelecimentos sem a devida licença ambiental e a poluição causada pelo descarte inadequado de resíduos.
Todos os proprietários dos estabelecimentos receberam voz de prisão e foram conduzidos para a Central de Flagrantes de Cuiabá para registros da ocorrência e dos autos de infrações e multas, que resultaram em um total de R$ 84.369,00. As fiscalizações também apreenderam seis compressores e cinco aspiradores de pó que não funcionam de forma adequada.
O comandante do Batalhão de Proteção Ambiental, tenente-coronel Fagner Augusto do Nascimento, afirma que as fiscalizações visam o combate às ilegalidades e retornam para a sociedade como proteção ao meio ambiente.
“O Batalhão de Proteção Ambiental reafirma seu compromisso com a preservação do meio ambiente e a aplicação rigorosa da legislação ambiental. As operações de fiscalização continuarão sendo intensificadas para garantir a proteção da saúde pública e a manutenção do equilíbrio ecológico”, explica.
Os estabelecimentos foram fechados com base na Lei nº 9.605/98, na seção responsável pela poluição. Entre as penas previstas, além de multas, os indiciados pelos crimes podem sofrer reclusão entre um e quatro anos.
Disque-denúncia
A sociedade pode contribuir com as ações da Polícia Militar de qualquer cidade do Estado, sem precisar se identificar, por meio do 190, ou disque-denúncia 0800.065.3939.
Diligências preliminares para apurar suposta adulteração de notas, utilização de “cartão coringa” como mecanismo para desvio de combustível e prática de sobrepreço, no município de Barão de Melgaço, indicam a existência de uma organização criminosa constituída para saquear os cofres públicos em várias prefeituras e câmaras de vereadores de Mato Grosso.
Segundo o Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), grupo operacional permanente formado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Polícia Judiciária Civil, as investigações realizadas até o momento demonstram que proprietários de quatro empresas, todas com a participação de um mesmo núcleo familiar, já firmaram contratos com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais.
Conforme o Naco, a identificação do esquema ocorreu após a análise de todos os processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço com a empresa Centro América Frotas no período de 2020 até os dias atuais. Foi verificado, durante a investigação, que outras empresas que haviam participado dos certames tinham como sócios pessoas do mesmo núcleo familiar do proprietário da empresa Centro América Frotas. Além disso, algumas delas sequer possuem atividade empresarial em funcionamento.
A investigação revelou ainda que o sócio oculto das empresas investigadas, Edézio Correa, já havia sido denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso na Operação Sodoma, que apurou esquema de pagamento de propina da gestão do ex-governador Silval Barbosa.
A análise dos contratos, segundo o Naco, também demonstrou diferenças exorbitantes de valores em contratações semelhantes. Em um dos casos, houve um aumento de mais de nove milhões em contratações realizadas nos anos de 2021 e 2022.