O presidente Lula (PT) afirmou nessa quinta-feira (8), em discurso proferido durante jantar na Embaixada da Palestina em Brasília – com representantes de países árabes e muçulmanos –, que “é chegada a hora de dar uma basta à catástrofe humanitária que se abateu sobre os mais de 2 milhões de palestinos que vivem em Gaza”.
A ONU abriu um inquérito para apurar a conduta dos funcionários e demitiu os suspeitos. O presidente também reiterou o apoio ao processo instaurado na Corte Internacional de Justiça (CIJ) pela África do Sul, o qual o Brasil aderiu em 10 de janeiro.
“Já são quase 30 mil mortos, em sua maioria crianças, idosos e mulheres indefesas”, prossegue o mandatário. “Mais de 80% da população foi objeto de transferência forçada e os sistemas de saúde, de fornecimento de água, energia e alimentos estão em colapso. Basta de punição coletiva”.
O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, também participou do jantar na Embaixada, junto dos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Ricardo Lewandowski (Justiça) e Mauro Vieira (Relações Exteriores). O assessor especial de Lula, Celso Amorim, também esteve presente.
Ao chegar no local, Lula foi convidado pelo embaixador da Palestina, Ibrahim Alzeben, a plantar uma árvore.
Hoje, na Embaixada da Palestina, plantei uma oliveira em nome da paz e da esperança para o povo palestino e para todo o mundo.
“Ontem completaram-se quatro meses dos ataques perpetrados pela Hamas. Condenamos de forma veemente esses atos terroristas. Condenamos com igual veemência a reação desproporcional de Israel”, complementou Lula no discurso.
Nessa quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também fez alertas contra as ofensivas militares de Israel em Gaza. “Sou da opinião, como sabem, que a condução da resposta na Faixa de Gaza foi exagerada”, afirmou Biden. “Há muitas pessoas inocentes que estão morrendo de fome, muitas pessoas inocentes que estão em apuros e morrendo. Isso precisa parar”.
Na próxima terça-feira (13), Lula embarca para o Egito e Etiópia, onde deve proferir um discurso em defesa da Palestina. A visita ao Egito ocorre mais de 20 anos após sua primeira ida ao país como chefe de Estado, em 2003.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.