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Economia

Banco da Mulher Paranaense libera R$ 150 milhões para empreendedoras

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Nathalia e sua mãe, da Gávea Store, são empreendedoras e receberam crédito da Fomento Paraná para alavancar a loja de roupas femininas.
Roberto Dziura Jr/AEN

Nathalia e sua mãe, da Gávea Store, são empreendedoras e receberam crédito da Fomento Paraná para alavancar a loja de roupas femininas.

Neste Mês da Mulher, a Fomento Paraná alcançou uma marca importante do Programa Banco da Mulher Paranaense, lançado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior em setembro de 2019. Mais de 13 mil empreendimentos que têm mulheres como sócias ou proprietárias já foram atendidos com créditos liberados, que agora somam R$ 150,4 milhões.

A grande maioria das operações é de microcrédito, para apoiar empreendedoras informais, MEIs, micro e pequenas empresas. O microcrédito é limitado a R$ 20 mil e está disponível em todas as regiões do Estado, por meio de uma rede de agentes de crédito capacitados, que atuam nas prefeituras, agências do trabalhador e salas do empreendedor.

Neste segmento, os empreendimentos liderados por mulheres já chegam a 56,3% dos financiamentos de microcrédito contratados pela Fomento Paraná. De acordo com o diretor-presidente da instituição financeira estadual, Heraldo Neves, uma vantagem de oferecer crédito para apoiar o empreendedorismo feminino é que esta ação ajuda a estabelecer uma base financeira sólida para as empresas das mulheres.

“Ao facilitar o acesso ao crédito, o Governo do Estado possibilita que as empreendedoras invistam em equipamentos, tecnologia e outras necessidades importantes para expandir os negócios. Com isso atraem mais clientes, geram renda para a família e empregos para outras mulheres, que é uma característica das empresas lideradas por elas”, detalha.

“Ao apoiar o crescimento de negócios liderados por mulheres, o crédito pode contribuir para a construção de uma economia mais igualitária e próspera”, afirma Luciana Saito Massa, uma das madrinhas do programa Banco da Mulher Paranaense, que lidera o Conselho de Ação Solidária.

Para a secretária da Mulher e Igualdade Racial, Leandre Dal Ponte, o acesso ao crédito é um fator importante para ajudar a mulher a superar barreiras, como a discriminação de gênero e a falta de garantias, e a alavancar o sucesso de empreendedoras. “O crédito também pode ajudar a equilibrar a desigualdade de gênero na economia, uma vez que as mulheres têm mais dificuldade do que os homens para conseguir financiamento para iniciar ou ampliar seus negócios”, afirma.

Sonho realizado

Era um desejo antigo da costureira Marli Machado ter a própria marca de roupas, depois de vários anos dedicados à moda. Habilidosa, a profissional trabalhou em diversas confecções até que, em 2019, decidiu dar um passo adiante e abriu um ateliê, com o apoio da filha, Nathalia. O negócio começou com vendas pelas redes sociais. Elas criaram um site próprio e em pouco tempo abriram uma loja física. Foi inaugurada ano passado, no bairro Campo Comprido, em Curitiba.

Entretanto, as empreendedoras perceberam que o negócio estava operando com as contas no limite, com pouca margem. Foi quando elas procuraram o Banco da Mulher Paranaense da Fomento Paraná em busca de capital de giro para manutenção da empresa e mais estoques.

“Esse crédito foi importante para a gente porque nos deu fôlego. A gente operava no limite”, recorda Marli. “Sem essa linha de crédito não conseguiríamos comprar a quantidade de estoque necessária para alavancarmos o nosso negócio”, complementa Nathalia Machado, que empreende com a mãe na confecção e também atua como modelo para exibir as roupas e acessórios.

Consolidada, a Gávea Store tem clientes fiéis, desenvolve peças originais e gera renda na comunidade. Uma ajudante para as vendas na loja é o primeiro de muitos postos de trabalho que a empresa espera movimentar. O empreendimento se soma a milhares de iniciativas femininas financiadas pelo programa Banco da Mulher Paranaense.

Como contratar

Mulheres empreendedoras interessadas em obter crédito pelo Banco da Mulher Paranaense podem se dirigir à Fomento Paraná em Curitiba (Rua Comendador Araújo, 652) ou contratar online pelo  portal da Fomento Paraná .

Nos municípios do Interior do Estado é possível solicitar atendimento por meio dos agentes de crédito e correspondentes da Rede de Parceiros da instituição nas prefeituras, Salas do Empreendedor, Agências do Trabalhador, associações comerciais e empresariais, além de diversas sociedades empresariais especializadas. Atualmente a Fomento Paraná possui parcerias ativas com agentes de crédito atuando na oferta de microcrédito em 320 dos 399 municípios paranaenses. Para localizar agentes de crédito acesse aqui .

Além da linha de microcrédito, em valores até R$ 20 mil, com taxas a partir de 0,95% ao mês e prazo de parcelamento de até 36 meses, para atender empreendedoras informais, MEIs e microempresas, o Banco da Mulher Paranaense também disponibiliza linhas de crédito para projetos de investimento em valores até R$ 500 mil, para micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.

Fonte: IG ECONOMIA

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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