Implantado pela gestão Emanuel Pinheiro no ano de 2019, o serviço de coleta fluvial de lixo é responsável por recolher do Rio Cuiabá uma média de 120 toneladas de resíduos, por ano. O trabalho é realizado por meio da Balsa Ecológica que, diariamente, recolhe os materiais tanto do leito quanto da margem do rio.
A atividade é coordenada pela Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) e faz parte dos serviços exigidos à Locar Gestão de Resíduos. Conforme o contrato, o Município realiza, mensalmente, à empresa o pagamento pela quantidade de lixo coletado. Dessa forma, os custos para aquisição e manutenção do equipamento são todos da prestadora de serviço.
A equipe que atua na balsa é formada por um piloto e dois coletores, que fazem o trajeto de cerca de cinco quilômetros entre a Ponte Nova e a comunidade São Gonçalo Beira Rio. Durante o percurso, os trabalhadores recolhem todos os tipos de materiais que, posteriormente, são encaminhados para o Ecoparque Pantanal.
“De forma periódica, também designamos um fiscal para acompanhar a execução do trabalho, para que possamos cobrar qualidade. Não basta apenas implantar o serviço, é preciso garantir que ele funcione. É isso que fazemos, para que os resultados sejam sempre o melhor para a população e ao meio ambiente”, explica o diretor-geral da Limpurb, Júnior Leite.
Com mais de sete metros de largura e três metros de comprimento, a balsa carrega dois contêineres com capacidade de até 500 litros cada. Durante a viagem, os compartimentos são cheios de garrafas pets, sacolas e cadeiras plásticas, isopor, restos de brinquedos, e diversos outros materiais prejudiciais ao meio ambiente.
Na última sexta-feira (24), por exemplo, a Balsa Ecológica realizou uma ação específica na unidade de captação de água da ETA Sul, de onde foram retirados quase meia tonelada de lixo. Todos esses resíduos são frutos do descarte irregular que é feito em toda a cidade e terminam chegando ao Rio Cuiabá.
“O cidadão precisa ter esse entendimento de que o lixo que ele joga no chão, na margem dos córregos, nas bocas de lobo, irão chegar no rio. Todos os dias vemos o resultado dessa prática flutuando no Rio Cuiabá. Então, precisamos dessa conscientização popular. Caso contrário, todo esse trabalho que estamos fazendo se tornará vão”, pontua o diretor-geral.