Um controlador de tráfego do Texas, Estados Unidos, errou a dar instruções a pilotos de dois aviões e fez com que as aeronaves ficassem a 60 metros de colidir. O caso aconteceu em fevereiro de 2023, entre um Boeing 737-700 da Southwest, com 128 passageiros, e um Boeing 767-300 cargueiro da Fedex.
Enquanto se aproximava para aterrissar no Aeroporto de Austin, um avião da FedEx quase colidiu com a parte superior de um Boeing da Southwest que estava acelerando na pista para decolar. Ao notar a proximidade do avião com passageiros, o piloto do cargueiro decidiu abortar a aterrissagem, evitando uma tragédia.
De acordo com a Junta Nacional de Segurança no Transporte dos Estados Unidos (NTSB), os pilotos da Southwest também foram considerados responsáveis pelo incidente, pois não disseram ao controlador de tráfego aéreo a necessidade de aguardar na pista antes de iniciar a decolagem.
Dessa forma, o controlador de tráfego aéreo autorizou que os dois aviões usassem a mesma pista.
“Este incidente poderia ter sido catastrófico se não fosse pelas ações heroicas da tripulação da FedEx”, disse Jennifer Homendy, presidente da NTSB.
Veja o vídeo do momento:
A culpa
A NTSB responsabilizou a Administração Federal de Aviação por não exigir que o aeroporto de Austin tivesse tecnologia para auxiliar o controlador de tráfego aéreo Damian Campbell no rastreio dos aviões.
A Junta culpou ainda a falta de treinamento dos controladores de Austin para operar em visibilidade reduzida.
Em sua defesa, o controlador Damian Campbell afirmou aos investigadores que o jato da Southwest deveria ter decolado mais rápido, acrescentando ainda que teria feito a tripulação da Southwest esperar até que o Boeing 767 da FedEx pousasse.
Os investigadores observaram que os pilotos da Southwest estavam a uma distância de cerca de 167 metros da pista quando comunicaram que iriam decolar. Ao chegar à pista, houve uma demora adicional para iniciar a aceleração dos motores. O investigador Warren Abrams, um ex-comandante de companhia aérea, comentou que os pilotos deveriam ter informado ao controlador que necessitavam de mais tempo.
Hugo Carvajal III, comandante do Boeing 767 da FedEx, afirmou em audiência que ficou “irritado e perplexo” ao ouvir o controlador autorizar a decolagem do avião da Southwest na mesma pista em que ele estava se aproximando.
O incidente do ano passado levou a FAA (Administração Federal de Aviação) a convocar uma “cúpula de segurança”, reunindo representantes da indústria da aviação.
Embora as autoridades digam que aviação nos Estados Unidos está em um nível de segurança sem precedentes, um grupo de especialistas independentes destacou no ano passado que a margem de segurança está diminuindo. Eles enfatizaram a necessidade de investimentos em pessoal e tecnologia por parte da FAA para uma gestão eficaz do espaço aéreo nacional.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.