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Agronegócio

Auditores fecham alfândega e afetam fluxo do agronegócio Brasil-Paraguai

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Auditores fiscais federais agropecuários paralisaram, nesta terça-feira (20.02) as operações na alfândega de Foz do Iguaçu, impactando o fluxo de comércio entre Brasil e Paraguai.

A suspensão interrompeu o trânsito de produtos como milho, soja, trigo, arroz, farinha de trigo, óleo vegetal, frutas, vinho, produtos cristalizados, produtos lácteos, carnes bovina, suína e de frango, peixes e rações destinados à exportação ou importação. Apenas cargas consideradas perecíveis foram autorizadas a passar pela fiscalização.

A manifestação dos auditores afetaram diretamente as operações comerciais do setor privado. Em consequência, quase 2 mil caminhões encontram-se em espera na fila para a liberação de entrada ou saída do país, acumulando ao menos 240 processos pendentes de despacho na fronteira.

Representantes da Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) e do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) planejam negociações para buscar uma solução para a situação atual. A paralisação, conhecida como “operação padrão”, também tem provocado atrasos nas rotinas de emissão de certificados para exportação em frigoríficos em todo o país, afetando o setor de carnes.

Os auditores reivindicam melhorias salariais e reestruturação de carreira. A proposta apresentada pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos em 15 de fevereiro não foi bem recebida pela categoria, que compara o tratamento recebido com o de outras carreiras federais.

As negociações entre o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o Anffa Sindical estão previstas para continuar na quarta-feira, 21 de fevereiro, buscando minimizar os impactos da paralisação no setor produtivo.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cresce o movimento de boicote ao Carrefour

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Fontes não oficiais dão conta de que o Grupo Carrefour no Brasil já enfrenta uma crise de fornecimento de carnes, resultado direto da decisão anunciada na França de interromper a venda de produtos cárneos oriundos do Mercosul.

A medida, anunciada pelo CEO global da empresa, Alexandre Bompard, na quarta-feira (20.11) gerou uma reação imediata do agronegócio brasileiro, principalmente no setor de carnes.

Neste sábado (23.11) empresas como o JBS, Marfrig e Masterboi anunciaram ter decidido suspender o abastecimento de carne às 150 lojas do grupo no país, abrangendo Carrefour, Sam’s Club e Atacadão. A suspensão, que não configura quebra de contrato por ser baseada em acordos de mercado à vista, foi considerada uma “reação legítima” pela indústria e pelo governo brasileiro.

A suspensão do fornecimento de carne bovina já estaria afetando entre 30% e 40% das gôndolas da rede. A previsão é que, sem uma solução rápida, o desabastecimento total ocorra até amanhã (segunda-feira, 25), considerando que a maioria dos produtos armazenados são resfriados ou congelados e têm estoque limitado.

A interrupção ganhou respaldo do governo brasileiro, que considerou a declaração de Bompard um ataque à soberania e à qualidade dos produtos nacionais. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram informados sobre a situação e apoiaram a atitude dos frigoríficos.

CRISE DIPLOMÁTICA – O anúncio de Bompard, feito por meio de suas redes sociais, que as lojas do Carrefour na França deixariam de comercializar carnes do Mercosul, pretendia ser uma demonstração de apoio ao setor agrícola francês, que enfrenta dificuldades no contexto das negociações do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.

Na publicação ele afirmou ainda que esperava inspirar outros setores a adotar medidas similares. Além de abrir uma crise política e diplomática entre Brasil e França. A decisão foi duramente criticada por setores industriais e diplomáticos brasileiros. Interlocutores apontaram que a declaração não passou por análises internas do conselho global da empresa, expondo um possível cálculo equivocado de Bompard quanto às reações do mercado.

Também neste sábado, a Mesa Argentina de Carne Sustentável (Macs) emitiu uma carta se posicionando contra a rede de supermercados francesa. Segundo a carta, assinada pelo presidente da associação, Carlos David Barrios Baron, a atitude prejudica as relações comerciais e enfraquece os esforços globais por uma pecuária mais sustentável.

No documento, a Macs argumenta que a decisão de Bompard sobre a carne bovina representa um retrocesso em relação ao livre comércio, enfatizando que o protecionismo só gera maior isolamento entre os países. A associação alerta que, quando a xenofobia e o protecionismo aumentam, as nações tendem a se fechar, o que resulta em restrições não apenas comerciais, mas também de mobilidade e liberdade, o que reforça os conflitos e diminui o valor da paz mundial.

A crise internacional provocada pelo CEO da empresa representa um desafio tanto no Brasil quanto na França, dois mercados estratégicos para o grupo. Enquanto o Carrefour francês busca fortalecer laços com produtores locais, o impacto da decisão no mercado brasileiro – responsável por metade do lucro operacional global da empresa – pode ser devastador em termos mundiais.

Apesar da interrupção dos fornecimentos, o Carrefour Brasil nega a ocorrência de desabastecimento. Em nota oficial, a rede declarou que “a comercialização do produto ocorre normalmente nas lojas” e classificou as informações de falta de carne como “improcedentes”.

Fonte: Pensar Agro

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