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MATO GROSSO

Audiências públicas contribuem para reforma do Fethab

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O Governo de Mato Grosso dialogou diretamente com mais de 800 pessoas da sociedade civil, prefeitos, deputados e lideranças políticas a respeito da proposta de reestruturação do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), durante uma série de audiências públicas realizadas no segundo semestre de 2015 em diversas regiões do Estado.

Os cidadãos tiveram oportunidade de participar destas reuniões públicas nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Sinop e Pedra Preta apresentando sugestões, críticas e muito pluralismo de ideias.

A partir destas contribuições, com transparência e responsabilidade, a comissão técnica do Governo elaborou uma proposta de reforma da Lei 7.263/2000 que criou o Fethab na gestão do ex-governador Dante de Oliveira.

A mensagem do Poder Executivo deve ser entregue à Assembleia Legislativa ainda em dezembro para receber contribuições dos deputados que poderão sugerir emendas.

“As audiências foram importantes para elaborarmos uma proposta de revisão do Fethab que, de fato, contemple os anseios da sociedade, e que permita a realização de obras rodoviárias significativas para o desenvolvimento social e econômico do Estado”, afirmou o governador Pedro Taques.

Nas audiências públicas, discutiu-se a possível criação do Fundo Estadual de Transporte (Funtran). Contudo, diante das sugestões da classe política, em especial dos prefeitos, e análise socioeconômica do Brasil, o Governo agiu democraticamente, reconsiderou a decisão de criar um novo fundo e optou por reformular a atual lei do Fethab.

As audiências foram realizadas após mobilização feita pela Casa Civil, com toda estrutura preparada pelo Cerimonial do Governo, divulgação para imprensa feita pelo Gabinete de Comunicação, além da apresentação do material produzido pela comissão do Fethab realizada pelo secretário Marcelo Duarte (Sinfra) e pelo governador Pedro Taques.

Mudanças

Com a reestruturação do Fethab, os recursos arrecadados com as commodities (soja, algodão, gado e madeira) serão investidos exclusivamente na melhoria da infraestrutura de transporte de Mato Grosso, sob o comando da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra).

Além disso, a proposta mantém o rateio entre Governo do Estado e os 141 municípios dos recursos arrecadados com o óleo diesel. Deste total advindo do combustível, segundo a proposta legislativa, 50% seriam usado pelos Estado para aplicação em ações de desenvolvimento regional e habitações populares.

Já os outros 50% desta cota seriam destinados para os municípios que, juntos, receberam em 2015 aproximadamente R$ 250 milhões que foram prontamente investidos nas obras de malha rodoviária não pavimentada.

A partir de aprovação da proposta, os municípios serão obrigados ainda a constituir Conselhos Municipais que fiscalizaram o uso desses valores.

“A revisão que ora se propõe aumenta a contribuição espontânea ao Fethab, restaura a confiança dos setores que contribuem e mantêm para os municípios os recursos para serem aplicados nas rodovias estaduais e municipais não pavimentadas que se encontrem em seus territórios”, afirmou o secretário Marcelo Duarte.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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