Nesta sexta-feira (12), o auditório do Museu Nacional da República foi palco de uma Audiência Pública crucial para a Fundação Athos Bulcão. O evento, que teve início às 11h, reuniu autoridades para discutir a concessão de um terreno destinado à construção da sede permanente da Fundação. A proposta visa garantir a preservação e promoção do legado do renomado artista Athos Bulcão, um ícone do modernismo brasileiro.
A Fundação Athos Bulcão, criada em 1992, tem como missão preservar o acervo de Bulcão e fomentar atividades educativas e culturais que destacam sua contribuição para a identidade visual de Brasília. Desde 2009, a Fundação busca junto ao Governo do Distrito Federal a concessão de um terreno para a construção de sua sede permanente.
O Secretário de Cultura e Economia Criativa do DF, Cláudio Abrantes, mediou a audiência, que contou com a presença de diversas figuras ilustres. Além disso, foi indicado o provável terreno a ser cedido para a Fundação, o lote 12 do Setor de Divulgação Cultural, no Eixo Cultural Ibero-americano.
O Secretário de Relações Internacionais do DF, Paco Britto, declarou: “A construção da fundação é legítima, e eu sou completamente favorável a essa concessão. Nós temos que resgatar os nossos artistas, e o professor Athos Bulcão tem que ser exposto para o mundo.”
Ricardo Meira, presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do DF (CAU-DF) e ex-aluno de Athos na Universidade de Brasília, expressou seu orgulho. “Athos foi o artista mais arquiteto que Brasília já teve. Mesmo quem não o conhece, já encontrou algum painel feito por ele e se encantou” , disse.
A Deputada Federal Erika Kokay (PT-DF) também participou do evento, juntamente com Márcia Zarur, presidente da Fundação Athos Bulcão, e Cláudia Pereira, pioneira do DF e ex-presidente da Fundação. Cláudia destacou a importância da concessão. “É lamentável que, passados 15 anos, essa doação não tenha sido efetivada, tendo em vista a importância de Athos para Brasília e da Fundação Athos Bulcão para o Distrito Federal” , comenta.
A trajetória da Fundação para obter a concessão do terreno tem sido marcada por desafios burocráticos e políticos. A promessa inicial de concessão, feita em 2009, enfrentou diversas audiências públicas, revisões jurídicas e aprovações necessárias pelo Conplan e Iphan. Em 2018, a elaboração final da minuta do projeto de lei e do termo de referência representaram um avanço significativo, mas a autorização legislativa necessária não foi sancionada.
O projeto arquitetônico da nova sede, elaborado pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, prevê um teatro/auditório com 180 lugares, salas multiuso, café, loja, Museu Athos Bulcão e uma galeria com coberturas onduladas, formando uma grande claraboia que iluminará o salão de exposições. Este espaço será fundamental para ampliar o impacto cultural e educacional da Fundação.
Atualmente, a Fundação enfrenta desafios financeiros significativos, mantendo-se com recursos próprios escassos enquanto paga aluguel para suas operações. A nova sede proporcionará melhores condições para a preservação e exposição do acervo de Bulcão e também fortalecerá o vínculo do artista com a capital brasileira.
Durante a audiência, um vídeo sobre a história e o impacto de Athos Bulcão, assim como da Fundação foi exibido.
O Brasil viveu, neste sábado de feriado (7), o maior dia de sua história nos Jogos Paralímpicos . Com seis ouros, três pratas e sete bronzes, o país alcançou números inéditos, superando o recorde histórico de ouros em uma única edição e o maior total de medalhas conquistadas em um único dia.
As 16 conquistas colocaram o país em uma posição de destaque, tornando este o dia mais vitorioso da nação em todas as edições do evento.
No momento, o Brasil ocupa o sexto lugar no quadro de medalhas, com 23 ouros, 25 pratas e 38 bronzes. A Itália, em quinto, está apenas uma medalha de ouro à frente. No entanto, com grandes expectativas de pódio na canoagem no último dia de competições, o Brasil pode ultrapassar os italianos e garantir uma posição ainda mais alta no ranking geral.
Atletismo brilha com ouros e recordes
O atletismo brasileiro teve um dia brilhante. Rayane Soares conquistou o ouro nos 400m rasos da classe T13, destinada a atletas de baixa visão. Já à tarde, Jerusa Geber dos Santos venceu os 200m da classe T11, para atletas cegas, garantindo mais um ouro para o Brasil. O desempenho no atletismo não parou por aí: nos 200m da classe T37, Ricardo Mendonça levou a prata, enquanto Christian Gabriel conquistou o bronze. Paulo Henrique dos Reis também subiu ao pódio com um bronze no salto em distância da classe T13. Nos 400m da classe T47, Thomas ficou com a medalha de bronze, encerrando o dia dourado para o atletismo brasileiro.
Jerusa celebrou o feito histórico ao afirmar: “Essa vitória não é só minha, mas de todos que lutaram ao meu lado. Ultrapassar esse recorde é um momento inesquecível para o esporte brasileiro.”
Judô brasileiro
O judô também foi destaque com cinco medalhas. Arthur Cavalcante conquistou o ouro na categoria até 90kg J1, para atletas cegos, ao derrotar um adversário britânico na final. Willians Araújo, no peso acima de 90kg J2, e Rebeca Silva, na categoria acima de 70kg J2, também garantiram o lugar mais alto do pódio. Além disso, Erika Zoaga conquistou a prata na categoria até 70kg J1, e Marcelo Casanova levou o bronze na categoria até 90kg J2.
Willians Araújo comemorou a vitória e exaltou o trabalho em equipe: “Essa conquista é fruto de muita dedicação e do apoio da equipe. Estamos fazendo história aqui em Paris.”
Outras conquistas
No futebol de cegos, o Brasil garantiu o bronze ao vencer a Colômbia por 1 a 0, após uma amarga derrota nos pênaltis para a Argentina na semifinal. Na natação, Lidia Cruz conquistou o bronze nos 50m costas da classe S4, encerrando a participação brasileira na modalidade com chave de ouro. No halterofilismo, Mariana D’Andrea brilhou ao conquistar o ouro na categoria até 73kg, levantando 147kg e superando sua adversária uzbeque por apenas um quilo.
Na canoagem, mais duas medalhas para o Brasil: Luis Cardoso conquistou a prata na KL1, enquanto Miqueias Rodrigues garantiu o bronze na KL3, superando o adversário espanhol por apenas um centésimo de segundo.