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Atos golpistas: Prazo para assinaturas encerra e CPI trava no Senado

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Geraldo Magela/Agência Senado
Soraya Thronicke foi a maior financiadora da CPI dos Atos Antidemocráticos, mas não obteve assinaturas necessárias nesta legislatura

Após desavenças entre a oposição e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a CPI dos atos golpistas de 8 de janeiro travou na Casa por falta de assinaturas. O prazo para a confirmação dos nomes terminou na última sexta-feira (17).

A oposição chegou a ter 38 assinaturas, mas contava com nomes da legislatura passada. Somada as saídas de senadores e desistências, o apoio para a criação da CPI caiu para 15 assinaturas.

A comissão era um desejo da senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS), que cobrava a investigação dos atos em Brasília. Ela chegou a pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que obrigasse Pacheco a abrir a CPI.

O presidente do Senado, porém, afirmou que todos os requerimentos da última legislatura são inválidos, mas abriu uma brecha para que Soraya colhesse outras assinaturas.

Governo não quer, mas oposição pressiona

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se movimenta nos bastidores para garantir que a comissão não sairá do papel. Na visão do Planalto, a instalação da CPI poderá dar palco para o bolsonarismo.

Já a oposição quer resgatar o comando do Congresso Nacional e pretende usar o argumento de infiltrados petistas nos ataques de 8 de janeiro. Há ainda uma tentativa da cúpula aliada ao ex-presidente de “inocentar” os presos pelos atos.

Embora o prazo tenha se encerrado, Soraya e a cúpula da oposição ao governo ainda podem solicitar a abertura da CPI. Para criar a comissão, são necessárias 27 assinaturas dos senadores. Caso consigam, os parlamentares poderão cobrar a instalação da CPI.

Fonte: IG Política

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