Em documento compartilhado com a CPMI do 8 de Janeiro, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) descreveu diversas frentes de como foi a organização dos ataques registrados em Brasília, inclusive de ameaças de novas ações. No total, a agência emitiu 11 relatórios de inteligência.
Segundo a Abin, após o 8 de janeiro, o formato dos ataques poderia mudar, aumentando risco de vandalismo, sabotagens e ataques a sistemas de controle, como os de distribuição de energia, gás e gasolina.
No fim de janeiro, a Abin afirmou que ainda havia “o risco de mobilização violenta de atores isolados ou pequenas células” e de “ameaças por indivíduos radicalizados que não foram localizados e detidos”.
No dia 10 daquele mês, uma mochila foi encontrada com quatro artefatos explosivos em um viaduto de Feira de Santana (BA). Conforme o relatório, poderiam ser explosivos conectados a uma placa eletrônica.
No dia seguinte, foi identificado outro explosivo perto da Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, que foi retirado pela polícia.
“Há tendência de formação de agrupamentos menores, mais fechados e formados por indivíduos radicalizados com maior propensão à ação violenta, e de mudança do modus operandi, passando de ações ostensivas, como bloqueios e manifestações, para atos de vandalismo, sabotagem e ataques contra ICs [sistemas de controle]”, diz o relatório ao qual a TV Globo teve acesso, citando que caminhoneiros ainda enviavam mensagens em grupos de mensagens convocando o grupo para novos protestos.
O relatório também lista nove tentativas de sabotagem a torres de linhas de transmissão com “relevância estratégica para a matriz energética nacional” em cidades como São Paulo (SP), Cuiabá (MT) e Medianeira (PR).
Ainda, a Abin identificou 83 pessoas e 13 organizações que contrataram 103 ônibus fretados para transportar 3.875 pessoas a Brasília. A grande maioria dos contratantes é do Sul e Sudeste.
Uma rede de empresários que teria financiado as manifestações, além de 272 caminhões que integraram comboios ao local a partir de 4 de novembro de 2022 também foram identificados.
Entre os caminhões, 132 veículos estão registrados em nomes de empresas, segundo a agência, e os outros 140 estão em nome de pessoas físicas.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.