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MATO GROSSO

Atividades do programa Rede Cidadã recomeçam na próxima segunda-feira (08)

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O programa social Rede Cidadã retorna, a partir da próxima segunda-feira (08.05), com atividades voltadas para as crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Sob a coordenação da tenente da Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT), Wilma Wellen Camilo Fernandes, o programa recebe participantes com idade entre oito e 17 anos.

O Rede Cidadã é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) e conta com a parceria da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Só na capital, conforme Wilma Wellen, o programa atende 90 crianças e adolescentes atualmente. A expectativa, no entanto, é contemplar um público de mais 840 pessoas na faixa etária, em oito regiões, sendo elas, a do Centro Sul (Beira-Rio), Coxipó, Pedra 90, Santa Isabel, Araés, Ribeirão do Lipa, Planalto e CPA. Há também núcleos em Várzea Grande, Nova Olímpia, Cáceres e Rondonópolis.

Entre as atividades ofertadas estão judô, computação, futsal, violão, pintura e natação. As inscrições são gratuitas e feitas por órgãos da rede de proteção à criança e adolescente, como o Poder Judiciário de Mato Grosso, Conselho Tutelar e escolas.

A tenente Wilma Camilo reforça a importância do “Rede Cidadã” , que busca auxiliar crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade por meio de atividades esportivas, artísticas, capacitações e acompanhamentos educacional e psicossocial.

“A Coordenadoria Rede Cidadã é de suma importância para sociedade, pois atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, dando prioridade às demandas do Judiciário e do conselho tutelar, que são adolescentes que apresentam fatores de risco social. Alguns deles são evasão escolar, violência doméstica nos lares e pais que cumprem pena de privação de liberdade. Nessa visão, utilizamos o esporte, as artes e os cursos profissionalizantes para acolhermos e ressignificarmos, quando necessário, a visão de mundo deles, os ajudando a atingirem a cidadania plena”, declara a nova coordenadora do programa.

*Com supervisão de Alecy Alves

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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