Monumento a céu aberto, Brasília é contemplada pela sua arquitetura modernista e reconhecida pelos mármores brancos e concretos que revestem o geometrismo de suas fachadas. Mas também é aclamada pelo icônico trabalho daquele que coloriu a capital com sua arte: Athos Bulcão .
Os seus esculturais painéis, em azulejos, pinturas, mármores ou aços, dão a bossa do carioca que adotou Brasília como seu lar. Há 15 anos de saudosismo do consagrado artista, o seu legado permanece vivo por meio do trabalho de seu braço direito e grande amiga, Valéria Maria Lopes Cabral, secretária executiva e face da Fundação Athos Bulcão.
Athos faz parte do tripé artístico que desenhou com maestria a cidade, ao lado de Oscar Niemeyer e Roberto Burle Marx, e reprojetou o modernismo nacional. Ele nos deixou em 31 de julho de 2008, aos 90 anos.
Desde a inauguração da fundação, em 1992, Valéria entrelaça a sua história, na fundação e em Brasília, junto à do artista. Essa amizade e esmero têm projetado a sua Fundação à luz internacional. “Uma amizade criativa, bem humorada, permeada por idas à exposições, cinema, almoços, broas de milho e excelentes conversas”, relembra.
Valéria, de fato, vive a arte de Athos. Não apenas em seu trabalho, mas em sua residência, onde um painel exclusivo foi desenhado pelo artista para ela. “As obras de integração na arquitetura criadas por Athos Bulcão não têm nome. Meu painel foi criado para minha casa. Ele acompanhou o projeto, fizemos a maquete e ele os desenhou especialmente para os locais que escolheu” , sintetiza.
São cerca de trinta categorias de produtos comercializados com autorização da Fundação, cuja receita é integralmente destinada à manutenção da sede, hoje situada na 510 Sul, em espaço alugado, enquanto o sonho da sede própria não sai do papel.
“Habitualmente comemoramos o aniversário do professor e o da instituição. Nessas datas, sempre lançamos novos produtos, catálogo do acervo, realizamos exposições, dentre outros eventos”, apresenta sobre as campanhas idealizadas para ajudar “na manutenção da instituição e alcançar a tão sonhado terreno para a construção de um espaço definitivo para a Fundação”, completa sobre a principal meta neste marco de 15 anos da morte do valorado artista.
Entre os produtos com maior procura, estão as reconhecidas serigrafias, painéis e molduras de azulejos e artigos variados, habitualmente encontrados em museus mundo afora. Em Brasília tem aproximadamente 260 obras em órgãos públicos – Congresso Nacional, Ministério da Saúde, Hospital Regional de Taguatinga, Catedral, Batistério, Torre de TV, Teatro Cláudio Santoro, Escolas Classe, UnB, Jardins de Infância e Rede Sarah.
Aos admiradores que queiram adquirir um painel para sua residência, Valeria apresenta essa oportunidade por intermédio da Fundação. É necessária a aprovação para a reprodução, além de cuidados com a área escolhida.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.