A partir desta sexta-feira (23.08), a intensa frente fria avança sobre o Sul do Brasil, trará chuvas fortes e queda acentuada nas temperaturas em vários Estados. O fenômeno, segundo previsão dos instituto de meteorologia, tem o potencial de causar grandes estragos nas lavouras e na pecuária da região. Além das tempestades, há previsão de geadas e até neve em algumas áreas mais ao sul, o que pode comprometer seriamente a produção agrícola e a criação de gado nos estados afetados.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), um alerta laranja foi emitido para a possibilidade de tempestades severas, com previsão de até 100 milímetros de chuva em 24 horas. A preocupação se estende a eventos climáticos extremos, como granizo, vento e frio.
As regiões mais afetadas incluem áreas produtivas cruciais no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, onde o impacto da tempestade pode ser devastador. A preocupação se estende principalmente ao Mato Grosso do Sul, onde o frio extremo já resultou na morte de mais de 500 cabeças de gado em eventos anteriores.
A partir do sábado há a possibilidade de neve e chuva congelada nas áreas mais altas da Serra Catarinense. Cidades como São Joaquim, Urubici, Urupema e Bom Jardim da Serra podem registrar temperaturas abaixo de zero, afetando diretamente as culturas e a pecuária local.
Além das tempestades, a previsão de geada no domingo e segunda-feira preocupa ainda mais os agricultores. Os meteorologistas destacam que as lavouras de trigo e cevada, especialmente aquelas em fase de floração ou frutificação, correm o risco de sofrer danos severos, o que poderia comprometer a produtividade e a qualidade das safras.
Esses eventos climáticos extremos sublinham a vulnerabilidade do agronegócio frente às mudanças climáticas. As tempestades e geadas que devem atingir o Sul do Brasil nos próximos dias são um lembrete da necessidade de adotar práticas agrícolas mais resilientes e de intensificar os esforços para mitigar os impactos do clima no setor, garantindo a segurança alimentar e a sustentabilidade econômica do país.
Fonte: Pensar Agro