Pelo menos oito regiões da Ucrânia foram atingidas por um ataque com mísseis russos nesta quinta-feira (21), de acordo com autoridades locais. Mais de 20 pessoas ficaram feridas e duas pessoas morreram, segundo a imprensa europeia.
“Desde o início do dia, os ocupantes russos lançaram um ataque massivo com mísseis contra a infraestrutura civil de várias regiões”, disse o governo ucraniano.
As duas mortes foram notificadas na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, após bombardeios da artilharia russa atingirem um prédio residencial. “Sabemos de dois civis mortos, eles estavam dentro do dormitório”, afirmou o governador regional, Oleksandr Prokudin.
Na capital Kiev, sete pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de nove anos, de acordo com a prefeitura local. Vários prédios residenciais e comerciais ficaram danificados.
“Mais de 20 alvos inimigos foram destruídos pelas forças de defesa aérea. Como resultado da derrubada dos mísseis, destroços caíram em diversas áreas da capital”, informou Sergiy Popko, chefe da administração militar da cidade.
Outras regiões atingidas foram as de Cherkasy, Kharkiv, Khmelnytskiy, Rivne, Vinnytsia, Lviv e Ivano-Frankivsk. O líder das Forças Armadas Ucranianas, Valery Zaluzhny, disse à imprensa que 36 dos 43 mísseis russos lançados foram interceptados e destruídos pelas defesas aéreas da Ucrânia.
Zelensky na ONU
O ataque coordenado da Rússia ocorreu após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ter condenado a invasão em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU, em Nova York, nesta quarta-feira (20).
Nesta quinta-feira, Zelensky usou as redes sociais para afirmar que conversará com líderes mundiais sobre a guerra em sua viagem a Washington, onde desembarcou mais cedo.
“Temos de trabalhar em conjunto para privar totalmente a Rússia do seu potencial terrorista. Nas minhas reuniões, a defesa aérea estará entre as principais prioridades”, afirmou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.