Diversas explosões foram ouvidas na capital Kiev, e em outras regiões, como Kharkiv (nordeste), Lviv (oeste) e Odessa (sul).
Entre os alvos estão escolas, residências, maternidades, entre outros locais. Até o momento, há ao menos 10 mortos e 60 feridos contabilizados nas áreas.
“Um total de aproximadamente 110 mísseis foram disparados contra a Ucrânia, causando mortes e feridos no ataque massivo russo desta noite”, escreveu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Segundo ele, suas tropas vão responder os “ataques terroristas” e continuarão “a lutar pela segurança de todo o nosso país, de cada cidade e de cada cidadão”. “O terror russo deve e irá perder”.
O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, relatou que diversas explosões também foram ouvidas na capital ucraniana enquanto as forças russas atacaram várias cidades em todo o país. A ofensiva provocou a ativação de um alerta aéreo nacional.
De acordo com informações iniciais das autoridades ucranianas, duas pessoas morreram em Kharkiv e Lviv e muitas outras ficaram feridas, além disso há danos e destruição, edifícios em chamas em diferentes regiões e numerosas explosões.
“Nunca vimos tantos mísseis simultaneamente em nossos monitores, mísseis balísticos, S-300, mísseis de cruzeiro, UAVs, X-22 ou -32. Aproximadamente 18 bombardeios estratégicos”, disse o porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuriy Ihnat.
O conselheiro presidencial ucraniano Andry Yermak informou no Telegram que “os foguetes estão sobrevoando nossas cidades novamente e os civis estão sendo alvos”. “A Ucrânia precisa de apoio. Seremos ainda mais fortes, estamos fazendo tudo para fortalecer nosso escudo aéreo. Mas o mundo deve entender que precisamos de mais apoio e força para acabar com esse terror”, apelou.
Em Odessa, as forças ucranianas abateram um drone kamikaze russo sobre um bairro residencial, e os destroços da aeronave danificaram um prédio, causando um incêndio.
As equipes de resgate ainda estão trabalhando e as informações sobre quaisquer feridos ou vítimas “estão sendo verificadas”, alertou o chefe da Administração Militar Regional, Oleg Kiper, citado pela Rbc-Ucrânia.
Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas defesas aéreas abateram um drone ucraniano sobre a região de Kursk, no oeste do país, durante a noite.
“Outra tentativa do regime de Kiev de realizar um ataque terrorista contra alvos russos utilizando uma aeronave de asa fixa foi frustrada durante a noite. As defesas aéreas destruíram um drone ucraniano sobre a região de Kursk”, diz a nota.
União Europeia
Em meio ao conflito, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, voltou a demonstrar apoio ao território liderado por Zelensky.
“Estamos ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia da guerra de agressão da Rússia e continuaremos a apoiá-la enquanto for necessário”, escreveu ela no X (antigo Twitter), ao publicar um vídeo com os principais números da assistência prestada a Kiev até agora.
Segundo ela, a UE garantiu “quase 85 bilhões de euros em apoio financeiro, humanitário e militar” a Kiev. “Agora estamos a abrir a porta ao nosso amigo e vizinho”, acrescenta von der Leyen, em referência à recente aprovação dos líderes europeus para a abertura das negociações de adesão de Kiev ao bloco.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.