O Ministério da Saúde palestino informou nesta segunda-feira (20) que ao menos 12 pessoas morreram em um ataque israelense ao Hospital Indonésio, no norte de Gaza , e que haveria forças israelenses bombardeando e cercando a instalação médica.
Entre as vítimas, haveria pacientes e pessoas em busca de abrigo.
Relatos locais indicam que a energia elétrica foi cortada no hospital, e as forças israelenses estariam atirando em qualquer um que tentasse sair da estrutura.
“O exército israelense está sitiando o Hospital Indonésio, e tememos que aconteça o mesmo que ocorreu no al Shifa”, disse o porta-voz do Ministério, Ashraf al-Qidreh.
Também nesta segunda, Gaza recebeu a estrutura para o primeiro hospital de campanha desde o início do conflito.
O equipamento foi transportado por 40 caminhões através do posto de fronteira de Rafah, por onde também entraram 17 profissionais de saúde e técnicos jordanianos.
Segundo o balanço do Hamas, o conflito já deixou 30 mil feridos em Gaza e 13 mil mortos, incluindo crianças.
O Egito denunciou nesta segunda uma “política de obstrução” da entrada de ajuda humanitária em Gaza, conduzida por Israel.
“O Egito está fazendo todo o esforço para fornecer ajuda a Gaza através do posto de Rafah, mas a política de Israel de obstruir a entrada de ajuda é sistemática e visa forçar os palestinos a deixar Gaza sob bombardeios e cerco contínuos”, afirmou o porta-voz do ministro das Relações Exteriores egípcio, Sameh Shoukry.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa) anunciou que o número de deslocados na Faixa de Gaza chegou a cerca de 1,7 milhão de pessoas.
Já o Exército israelense anunciou a morte em combate de mais um soldado em Gaza, elevando o total para 66 soldados mortos desde o início da operação terrestre na Faixa de Gaza.
Nesta segunda, a União Europeia voltou a pedir proteção para a população civil de Gaza.
“Para a UE, a prioridade é que terminem os sofrimentos da população civil, e estamos fazendo muito a esse respeito. Mas Israel ainda está se defendendo porque o Hamas mantém reféns, israelenses e estrangeiros, incluindo europeus, e tenta lançar foguetes de maneira indiscriminada”, afirmou um porta-voz do Poder Executivo do bloco.
“A posição da UE permanece a mesma: Israel tem o direito de se defender, mas de acordo com o direito internacional, e esse foi um dos temas levantados pelo alto representante Josep Borrell durante sua visita ao Oriente Médio”, acrescentou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.