A servidora Maria José Costa Almeida foi presa, na noite desta segunda-feira (3), em Planaltina. Ela é indicada do deputado Fábio Felix (PSol) , mas é lotada no Bloco PT/PSol da Câmara Legislativa ( CLDF ) e recebe um salário de R$ 3.261,37.
Líder de movimentos por moradia popular, Maria José já havia sido condenada a 4 anos, 9 meses e 6 dias de prisão pelo crime de extorsão, que é “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica”.
Como já havia condenação, a Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios expediu o mandato de prisão, cumprido pela Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DCPI).
Procurada, a assessoria de imprensa do Bloco PSol/PSB informou que, ao ser comunicada sobre a prisão, solicitou a exoneração da servidora.
“A assessoria do Bloco PSOL/PSB informa que a servidora foi contratada pela reconhecida e respeitada luta em defesa do direito à moradia no DF. Informa também que assim que a condenação foi informada, foi encaminhada a exoneração conforme norma do serviço público e em respeito à decisão da Justiça”.
Entenda o caso
O caso ocorreu em 2013, em Planaltina, teria constrangido um homem exigindo o auxílio vulnerabilidade. De acordo com o processo, no Condomínio Nova Planaltina, Maria José foi acusada de extorsão, exigindo o pagamento de R$ 50 de beneficiários do Auxílio Vulnerabilidade Excepcional do Governo do Distrito Federal, sob ameaça de cortar o benefício de R$ 600.
Ela teria intermediado o recebimento do auxílio e ameaçado quem se recusasse a pagar. Além disso, a denunciada foi acusada de ameaçar e expulsar pessoas do local, utilizando facas, peixeiras, pedras e paus. O Ministério Público ofereceu denúncia contra ela, quando a acusou de extorsão e ameaças, conforme o Código Penal.