O principal conselheiro do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admitiu “erros táticos” na contraofensiva para recuperar territórios tomados pela Rússia.
Abastecido por armamentos ocidentais, o contra-ataque foi alardeado por Kiev no ano passado como um caminho para a vitória, mas, até agora, não produziu mudanças no status da guerra.
“A contraofensiva deixou um certo resíduo negativo. Houve erros táticos sobre os quais falam tanto o comando militar como aquele político”, disse Mykhailo Podolyak, conselheiro de Zelensky, em entrevista ao Canal 24, da Ucrânia.
A declaração chega em meio a rumores sobre uma possível demissão do chefe do Exército, Valerii Zaluzhnyi, devido ao descontentamento com os resultados da contraofensiva.
“A Ucrânia deve mudar de tática”, admitiu o assessor, acrescentando que decisões sobre a substituição de líderes militares cabem ao “comandante em chefe”, ou seja, a Zelensky. “Essas posições não são eletivas ou políticas”, afirmou.
Segundo Podolyak, o único modo de “punir a Rússia por todos os seus crimes de guerra é impedi-la de vencer”. “Essa é uma guerra grande, de longo prazo e de larga escala”, ressaltou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.