Além de dores no local em que foi detectada, a doença pode causar atrofia muscular, limitação dos movimentos, com sensação de instabilidade e insegurança do paciente ao caminhar e dificuldade para sentar ou levantar de uma cadeira, por exemplo.
Lula chegou a dizer, durante evento no início de maio, que não estava mais jogando futebol devido às dores. Segundo Alexandre Póvoa Barbosa, cirurgião ortopedista e coordenador das equipes do Pronto-Socorro de Ortopedia do Hcor, atividades de alto impacto, como corridas, basquete, tênis e o futebol, inclusive, devem ser evitadas para quem tem artrose.
“Essas atividades são dolorosas e causam alguns dias de sofrimento após o exercício. Sugerimos exercícios com menos impacto, como musculação, pilates, natação e hidroginástica”, explica o especialista em Reconstrução Articular de Joelho, Ombro e Quadril e Medicina Esportiva.
Para aliviar os sintomas, o presidente mencionou que faz a aplicação de injeções nos pontos de dor, mas que o procedimento não resolve o problema na articulação. A técnica é chamada de infiltração, podendo ser feita com corticoide, anestésico ou ácido hialurônico. Segundo o ortopedista da BP — A Beneficência Portuguesa de São Paulo, Alexandre Penna, o método não visa tratar a artrose, mas proporcionar um alívio temporário dos sintomas.
“Tem pouca evidência científica de que infiltrações na região do quadril ajudem tanto quanto as aplicadas no joelho. No quadril, o ganho não é tão significativo. O que acontece é um alívio temporário da dor”, afirma o médico. “Por exemplo, no caso do presidente, ele tem uma agenda a cumprir e os médicos dele provavelmente optaram pela infiltração de forma que ele pudesse ter um pouco mais de conforto para fazer as atividades dele e evitar a prótese naquele momento, sabendo que isso seria feito mais tarde.”
Apesar de existirem algumas alternativas que o paciente pode recorrer para aliviar os sintomas da artrose, a condição não tem exatamente um tratamento que consiga reverter o quadro. “Quando a artrose já está instalada, é difícil de regenerar uma cartilagem, porque é um tecido que não tem vaso sanguíneo, com pouca capacidade de regeneração”, afirma o ortopedista da BP.
Segundo o especialista, no início, o indicado é que seja feito o controle do peso corporal, exercícios funcionais, fortalecimento da musculatura, fisioterapia e infiltrações, com o objetivo de evitar ou postergar a evolução da doença. No entanto, nenhuma dessas ações tratam especificamente a artrose.
Em que momento a cirurgia é recomendada?
O tratamento conservador se baseia na reabilitação dos músculos que estabilizam o quadril, associado ao ganho de mobilidade e controle de peso, afirma o coordenador das equipes do Pronto-Socorro de Ortopedia do Hcor. Mas, “dependendo do grau da artrose, o tratamento cirúrgico se torna a conduta ideal”.
A equipe médica do Palácio do Planalto ainda avalia se o presidente vai passar por uma cirurgia enquanto os sintomas são controlados com tratamentos não invasivos. Alexandre Penna explica que o procedimento é recomendado quando o paciente “não aguenta mais a dor ou a limitação de movimento”. “Na verdade, na artrose de quadril, quem indica a cirurgia não é o médico, é o paciente.”
Embora seja um procedimento invasivo, o médico afirma que a recuperação é rápida. De acordo com o ortopedista da BP, a internação após o procedimento é de 24h a 36h e, no pós-operatório, o paciente já consegue andar no mesmo dia ou no dia seguinte. “É uma cirurgia que não leva muito mais do que 45 minutos para ser feita. Em duas semanas o paciente já é liberado do andador, passando para uma muleta, e com três semanas, ele já é liberado para dirigir automóveis”, destaca.
A cirurgia também é avaliada devido aos compromissos que o presidente tem que cumprir. Caso o procedimento seja realizado, a equipe médica deve incluí-lo na agenda de Lula em um período que não atrapalhe suas outras atividades.
Conforme Alexandre Póvoa Barbosa, a cirurgia ser planejada para o futuro não traz riscos ao paciente. “Apenas a qualidade de vida que fica muito comprometida, com limitação física, incapacidade de realizar atividades cotidianas e dor constante”, pontua o médico do Hcor.
As causas da artrose de quadril são variadas, podendo ser originada desde um trauma sofrido na região e doenças autoimunes até o desgaste mecânico do local. A prevenção é feita com o fortalecimento muscular, bem como o controle de peso, que podem evitar a evolução degenerativa da articulação.
O Hospital de Câncer de Mato Grosso (HCanMT) pede ajuda à sociedade para doação de alimentos e fraldas geriátricas. No momento, o estoque está em baixa de produtos como arroz, feijão, leite integral e vegetal, fubá, óleo, gelatina, suco concentrado, macarrão, azeite, açúcar e demais itens.
O HCanMT é referência no atendimento oncológico no estado, e, somente esse ano, já superou os 80 mil atendimentos em diversas especialidades. Para manter esse gigante mato-grossense, a unidade necessita de apoio em doações de empresas, parceiros e de toda a comunidade.
“Atualmente, servimos mais de mil refeições ao dia para pacientes, acompanhantes e colaboradores. Para ter uma ideia, o Hospital utiliza por mês duas toneladas de arroz, 650 quilos de feijão, 2.500 litros de leite integral, 3.450 caixinhas de gelatina e por aí vai. Lembrando que a alimentação equilibrada e completa é essencial para garantir a saúde dos pacientes”, aponta a Coordenadora de Nutrição do HCanMT Thalita Azambuja.
A unidade também está precisando muito de doação de fraldas adulto nos tamanhos M, G, X e XG. Em média, são usadas mais de 200 fraldas de cada tamanho por mês. O HCanMT pede que sejam doadas fraldas regulares, ou seja, aquelas comuns, uma vez que os modelos em formato “calcinha/cueca” são mais difíceis de vestir em pacientes acamados.
Quem puder ajudar o Hospital, basta levar as doações na Central de Captação da instituição de segunda a sexta-feira, das 7h às 18h, e sábado das 8h às 12h. Os interessados em ajudar, também podem fazer a doação por meio do PIX: 24.672.792/0001-09 (CNPJ) e solicitar o comprovante pelo WhatsApp (65) 98435-0386.
Mais informações pelo 3648-7567, (65) 98435-0386 ou di@hcancer.com.br