O processo de formação de dentes ocorre quando o bebê ainda se encontra no útero e emergem normalmente por volta dos 6 meses de vida. Quando isto acontece logo após o nascimento, que é um fenômeno raro e pode ocorrer com qualquer dente, mas é mais comum com os incisivos inferiores, chamamos de dente neonatal.
A causa exata não é completamente compreendida, mas pode estar relacionada a fatores genéticos ou ambientais. Geralmente, os dentes neonatais são pequenos e podem ter mobilidade, pois ainda não estão completamente formados. Os pais devem consultar um dentista pediátrico para avaliar a situação e receber orientações adequadas sobre cuidados dentários e alimentação para garantir o bem-estar bucal do bebê.
Dependendo do caso pode ser indicada a extração, por exemplo se a inserção for superficial e for detectado o risco de aspiração . Outra situação que deve ser observada é que eles podem atrapalhar a amamentação por machucar o peito da mãe ou até mesmo formar uma ferida na boca do bebê, conhecida como lesão de riga-fede.
Nestes casos, às vezes apenas um polimento pode resolver, senão, talvez a extração. Por isso, o ideal é que os pais consultem um odontopediatra que vai ajudar no melhor plano de tratamento e no tratamento em si.
*Ilana Marques é especialista em Odontopediatria na IGM Odontopediatria, habilitada em Sedação Inalatória com Óxido Nitroso e em Laserterapia, além de professora do curso de Laserterapia e do curso de Sedação Inalatória.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.