O arroz está voltando com força ao Sul de Minas Gerais, mas não sozinho. Uma nova abordagem, que combina o cultivo do cereal com o café, está sendo testada na região, e os resultados são promissores.
O mercado do arroz está em crescimento, o que torna a retomada da cultura do cereal em Minas Gerais ainda mais interessante. Atualmente, a saca do grão está valendo cerca de R$ 180, o dobro do valor em 2023.
Financiado pela Fapemig e desenvolvido em parceria por Emater-MG, Epamig, Ufla e Embrapa Arroz e Feijão, o projeto visa testar 18 variedades de arroz em várias cidades da região, como Guaxupé, Guaranésia, Monte Santo de Minas e Arceburgo.
O consórcio arroz-café traz vantagens interessantes para os produtores locais. Além de proteger o café contra pragas e doenças, o arroz enriquece o solo fixando nitrogênio e ainda oferece uma renda adicional quando vendido.
Os primeiros resultados são animadores:
- Proteção contra pragas e doenças: o arroz serve como cobertura para o cafezal, protegendo-o de pragas e doenças.
- Enriquecimento do solo: o arroz fixa nitrogênio no solo, o que beneficia o café.
- Renda adicional: o arroz pode ser vendido, gerando renda extra para o cafeicultor.
Com isso, o projeto de consórcio arroz-café abre novas perspectivas para a agricultura na região, contribuindo para a recuperação da produção de arroz em Minas Gerais e diversificando a produção agrícola local.
A mudança na legislação ambiental favorece ainda mais o cultivo de arroz de sequeiro, reforçando a importância dessa iniciativa inovadora para o desenvolvimento sustentável da agricultura brasileira.
Fonte: Pensar Agro