Nesta quinta-feira (23), o movimento de Mães e Avós da Praça de Maio realizou o primeiro ato contra o presidente eleito da Argentina, Javier Milei. A manifestação foi realizada em Buenos Aires, e há menos de uma semana da eleição do ultraliberal.
O grupo conseguiu reunir centenas de pessoas na região central da capital da Argentina, que participaram da passeata. O Mães e Avós da Praça de Maio existe há 46 anos, quando os filhos e netos das fundadoras foram vítimas da ditadura civil-militar (1976-1983). Elas se encontravam todas às quintas, aproximadamente às 15h30, como forma de relembrar os seus entes, e lutar pela memória, verdade e justiça.
Além do grupo mencionado, outras organizações participaram do ato. Os manifestantes repetiam frases como: “Fomos derrotados por um projeto político colonial”, “Vamos começar a construir a resistência” e “Não podemos esperar. Não podemos ver se Milei vai bem”.
Nas redes sociais, o grupo disse estar “em estado de alerta e mobilização”. “Diante do triunfo de um setor político abertamente negacionista, convidamos a acompanhar hoje às 15h30 a ronda das Mães da Praça de Maio”, diz a publicação.
Vale ressaltar que Milei já minimizou crimes do Estado durante o período do governo militar, dizendo inclusive que na ditadura se “cometeram excessos”. Organizações ligadas ao Encontro Memória, Verdade e Justiça convocaram seus integrantes para comparecerem à marcha.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.