A uma semana do segundo turno das eleições presidenciais de 19 de novembro e em um clima de grande incerteza quanto ao equilíbrio nas pesquisas, os dois candidatos que concorrem ao governo da Argentina nos próximas quatro anos – o moderado peronista Sergio Massa e o ultraliberal Javier Milei – se enfrentarão neste domingo (12) no último debate televisivo com o objetivo de conquistar o voto dos indecisos.
A economia, a política externa, a educação, a saúde, a produção, a segurança e os direitos humanos serão os pontos abordados pelos candidatos, que chegaram à fase eleitoral final com programas opostos.
Na frente política, Massa propõe um Estado forte mas mais eficiente, enquanto Milei pretende reduzi-lo à sua expressão mínima. O peronista também propõe um governo de unidade nacional que inclua setores da oposição de centro-direita, enquanto o ultraliberal promete acabar com “a casta política corrupta” que governou a Argentina até hoje.
Já em relação à economia, para recuperar o país da atual crise e resolver os desequilíbrios macroeconômicos que levaram a inflação para 140%, o atual ministro da Economia planeja apostar no desenvolvimento do setor energético e na recuperação das exportações do setor agrícola.
O ultraliberal Milei acredita, em vez disso, que a solução para a atual crise inflacionária é a dolarização da economia e a eliminação do déficit através de um plano massivo de cortes de gastos e privatizações.
As últimas pesquisas mostram uma pequena vantagem a favor de Milei, mas também revelam a existência de um número significativo de indecisos, que no último momento poderão inclinar a balança de forma decisiva a favor de qualquer um dos dois candidatos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.