O candidato libertário Javier Milei (La Libertad Avanza) foi eleito presidente da Argentina , derrotando o governista e ministro da Economia Sergio Massa. O candidato derrotado reconheceu a vitória do opositor cerca de 20h17, antes mesmo do horário previsto para o fim da contabilização dos votos, às 21h.
Os argentinos foram às urnas neste domingo (19) para eleger o presidente em um dos segundos turnos mais polarizados da história. No primeiro turno, Massa teve 36,69% dos votos, enquanto Milei teve 29,99%.
O resultado da eleição pode ser visto como surpreendente, já que na história do país, somente o ex-presidente Maurício Macri conseguiu, em 2015, sair de segundo colocado no primeiro turno e virar o jogo no segundo turno.
Milei teve o apoio da candidata que ficou em terceiro lugar no primeiro pleito, Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), que teve 23,84% dos votos.
Quem é Javier Milei?
Milei é economista e desempenha papel de deputado federal, tem 53 anos e não tem esposa. Durante a campanha, disse que sua irmã, Karina Milei, desempenhará o papel de primeira-dama.
As principais propostas de campanha de Milei são a dolarização da economia argentina, a redução dos gastos estatais e a privatização de empresas públicas.
Na última pesquisa, da Atlasintel, Milei registrava 52,1% contra 47,9% de Massa — com margem de erro de um ponto percentual.
O levantamento ouviu 8.971 pessoas com mais de 16 anos de forma aleatória e por meios digitais entre o domingo (5) e a quinta-feira (9). O nível de confiança é de 95%.
Na Argentina, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos até os 70 anos. Mas, a partir dos 16 anos e depois dos 70, é possível escolher se irá votar ou não.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.