Em visita a Buenos Aires, o ministro francês das Relações Exteriores, Stéphane Séjourné, reiterou que Paris considera que o texto atual “não satisfaz aos pedidos e às expectativas nos dois lados do Atlântico em matéria climática, ambiental e sanitária”.
“Continuaremos a trabalhar, porque podemos ter outro tipo de acordo sobre aspectos econômicos, culturais e outros”, ponderou Séjourné, durante uma coletiva de imprensa conjunta com sua homóloga argentina, Diana Mondino, que lamentou o fato de o “enorme potencial do pacto não ter sido “liberado”.
“Não sei se, neste momento, será possível recriar uma situação na qual se busca algo que deixe todos contentes, talvez teremos de dividir em várias partes aquilo que poderia ter sido um ambicioso acordo global”, salientou Mondino.
A própria UE reconheceu no fim de janeiro que não há as condições para aprovar o acordo com o Mercosul, mas ressaltando que as negociações continuam.
A rejeição ao tratado de livre comércio é um dos principais temas na pauta dos protestos de agricultores que tomaram a Europa nas últimas semanas, especialmente na França, um dos principais produtores agrícolas da UE e que teme ser inundada por matérias-primas alimentares de países sul-americanos com preços mais competitivos.
Outro entrave é o documento adicional proposto por Bruxelas e que estabelece normas ambientais mais rígidas, exigência considerada inaceitável pelo Mercosul.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.