A campanha do candidato ultradireitista Javier Milei, na Argentina, causou polêmica ao alegar, sem apresentar provas, uma “fraude colossal” na principal força de segurança do país durante o primeiro turno das eleições.
Diante da repercussão negativa, a campanha recuou nesta sexta-feira (17), alterando o tom da ação para um alerta sobre a necessidade de maior precaução na transferência das urnas durante o processo eleitoral.
Santiago Viola, advogado do partido A Liberdade Avança, que representa a ação ao lado da irmã de Milei, defendeu a iniciativa como uma contribuição para a transparência eleitoral, alegando não se tratar de uma denúncia formal.
No entanto, o Judiciário interpretou a ação como uma denúncia, destacando que chamar a atenção para eventos que poderiam configurar delitos criminais é considerado uma denúncia formal.
O advogado Viola não apresentou evidências substanciais, limitando-se a citar comentários em redes sociais, notas jornalísticas e testemunhos coletados pessoalmente, sem especificar os fatos que fundamentam a alegação.
A ação foi oficialmente apresentada à corte eleitoral por Karina Milei, denunciando uma suposta “fraude colossal” na entrega das urnas à Gendarmaria Nacional.
O advogado informou que Karina Milei não compareceria à convocação, alegando falta de informações relevantes para acrescentar à ação.
A iniciativa gerou mal-estar entre os principais aliados políticos de Milei, incluindo Mauricio Macri e Patricia Bullrich, que não foram informados antecipadamente sobre a estratégia adotada.
Após o ocorrido, Milei se reuniu com Patricia Bullrich, sem mencionar previamente a intenção de sua irmã de recorrer à Justiça. Macri e Bullrich solicitaram explicações, expressando discordância com a abordagem adotada.
O desentendimento interno ressaltou as tensões políticas, com a ministra destacando que a ação poderia criar contradições interpretativas, interferir indevidamente no processo eleitoral e violar a segurança jurídica.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.